Ômicron: estudos preliminares apontam que a nova cepa causa menos danos no pulmão
A nova variante Ômicron já responsável por 31,7% das infecções por Covid-19 no Brasil

A nova variante Ômicron já responsável por 31,7% das infecções por Covid-19 no Brasil
Desde o anúncio do surgimento da Ômicron, o mundo foi rapidamente afetado pela nova cepa que possui uma grande capacidade de transmissão. Já em dezembro, a variante se tornou dominante nos Estados Unidos, chegando a representar 73% dos casos até 18 de dezembro. No Brasil, a cepa está seguindo um aumento acelerado de infecções desde o primeiro registro oficial do vírus no país, no dia 30 de novembro de 2021: um levantamento feito pelo Instituto Todos Pela Saúde apontou que a Ômicron já é responsável por 31,7% dos casos de Covid-19 no país.
Com isso, muitos estudos vêm sendo realizados para que a comunidade científica e a sociedade entendam cada vez mais a nova cepa. Pesquisadores dos Estados Unidos e do Japão fizeram uma análise com ratos de laboratório e, ao serem infectados pela variante, foi observado que o vírus não ultrapassou o nariz, a garganta e a traqueia e não provocou danos graves nos pulmões, em relação a outras variantes.
Em relação aos estudos que apontam essa característica da Ômicron, o virologista e professor da Universidade de Londres, Deenan Pillay, disse ao jornal The Guardian que as pesquisas indicam que a nova cepa é mais contagiosa na parte superior do sistema respiratório. “Assim, o vírus se multiplica mais rapidamente ali do que nas células do pulmão”.
Em uma pesquisa conduzida pela Universidade de Hong Kong, os cientistas chegaram a analisar 12 amostras de tecidos do pulmão humano que foram retirados em meio a uma cirurgia. Com isso, foi observado que a Ômicron teve um avanço mais lento do que a Delta, por exemplo.
OS CUIDADOS CONTRA A DOENÇA PERMANECEM
É importante lembrar que esses são estudos preliminares, o que significa que as medidas sanitárias de proteção contra a doença não estão descartadas. Aliás, um estudo nesse mesmo sentido, realizado na Bélgica, alerta que apesar dos resultados, ainda há a possibilidade da cepa agir de forma diferente em humanos.