Publicidade

Nível social baixo faz com que pessoas desenvolvam doenças crônicas dez anos antes, revela estudo

Estudo apontou que nível social baixo, por conta da piora na qualidade de vida e outros fatores, aumenta predisposição para doenças crônicas e risco de morte

Estudo apontou que nível social baixo, por conta da piora na qualidade de vida e outros fatores, aumenta predisposição para doenças crônicas e risco de morte
Nível social baixo faz com que pessoas desenvolvam doenças crônicas dez anos antes – Pexels/Riya Kumari

Um novo estudo publicado na revista Nature, apontou que condições sociais, que afetam a qualidade de vida, aumentam a predisposição das pessoas desenvolverem uma ou mais doenças crônicas.

Publicidade

Segundo a pesquisa conduzida por diversos países, incluindo o Brasil, a vulnerabilidade social causa uma combinação de hipertensão, diabetes, depressão, obesidade e cardiopatias, entre outras doenças. Não só isso, essas pessoas dependem de um acompanhamento médico mais frequente e o uso contínuo de remédios, além de terem maior chances de sofrer uma morte prematura.

“A explicação para o efeito da vulnerabilidade social na multimorbidade é complexa e envolve diferentes determinantes sociais ao longo do ciclo vital“, explica Bruno Pereira Nunes, um dos responsáveis brasileiros do estudo. “Pessoas com maior vulnerabilidade tendem a apresentar mais dificuldade para garantir direitos humanos básicos. Também possuem menos acesso a serviços e informações que podem contribuir para hábitos mais saudáveis de vida, como atendimentos preventivos em saúde e atividade física, por exemplo”.

Além disso, os problemas provocados pela condição social, principalmente a falta de dinheiro e acesso à qualidade vida, geram também problemas de saúde mental. Esses, portanto, também são responsáveis por aumentar a predisposição para a multimorbidade.

Como predisposição para doenças crônicas provoca sociedades e países?

Durante o estudo, então, os pesquisadores apontaram que essas doenças tendem a surgir até 10 anos antes, principalmente em países subdesenvolvidos, como o Brasil. Não só isso, revelou que, em maior parte, os afetados são idosos acima de 60 anos, em destaque para mulheres.

Publicidade

 “A multimorbidade é um problema de saúde pública mundial. Todos os países precisam lidar com a ocorrência de múltiplas doenças crônicas. Porém, em países de média e baixa renda, os desafios ainda são maiores em virtude das grandes desigualdades sociais e níveis de pobreza que impactam desde a prevenção até o tratamento das morbidades”, aponta Bruno.

Por fim, o estudo busca fornecer dados para que, de alguma maneira, exista uma mobilização diante as múltiplas doenças crônicas nos países. Apesar disso, os pesquisadores garantem que necessitam mais estudos na área para apontar quais medidas devem, de fato, serem tomadas.

Publicidade