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“Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?”

Published 18/08/2022
"Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?"

"Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?"

A escola “Pense”, que fica localizada do Recreio, zona de classe média alta da cidade do Rio de Janeiro, emitiu um comunicado afirmando que um aluno testou positivo para a varíola dos macacos. Os pais dos alunos se preocupam com a possibilidade de transmissão, no entanto, de acordo com a instituição de ensino, o aluno estava afastado das aulas pelos pais desde o início dos sintomas.

Um dos pais preocupados com essa possível transmissão é o neurocientista e biólogo brasileiro que vive em Portugal e tem filha estudando na instituição. Fabiano de Abreu Agrela, pai da estudante Gabriela Riccobene, alertou que é necessário que a escola já possa pensar em um possível plano de contingência diante do aumento no número de casos no estado do Rio de Janeiro.

No dia 2 de agosto, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que foram confirmados 190 casos de varíola dos macacos no Rio de Janeiro. Outros 70 casos suspeitos e 11 prováveis seguem em investigação; 129 foram descartados.

Abaixo, infectologista do Hospital Albert Sabin (HAS) fala sobre as preocupações que envolvem a doença.

Palavra da infectologista

Dra. Dania Abdel Rahman, Coordenadora do setor de Infectologia Clínica e Controle de Infecção Hospitalar e Infectologista do Hospital Albert Sabin (HAS), aponta que “é importante salientar que a varíola dos macacos é completamente diferente da covid-19, pois, não causa pneumonia e outras complicações do coronavírus. Além disso, as doenças são transmitidas por diferentes tipos de vírus. Então, possivelmente não se tornará uma pandemia”.

Inicialmente, os principais sintomas são dores musculares, febre e mal-estar geral. Logo após surgem as lesões na pele, geralmente iniciadas na região genital. “Porém, isso não é uma regra, pois, o paciente pode observar lesões iniciais em outras regiões, como face, tronco, membros. Tais lesões surgem como pequenas pústulas, com conteúdo amarelado e purulento, e depois disso eclodem, abrem e secam, transformando-se em crostas”, explica a infectologista.

A transmissão pode ocorrer durante todo o período em que existe lesão, contudo, quando estão bolhosas e com secreção são muito mais transmissíveis, pois, é nessa secreção que se encontra o vírus. Quando as feridas se transformam em crosta, a transmissibilidade diminui, mas ainda existe. “Por esse motivo é recomendado o tempo de isolamento de, no mínimo, quatorze dias ou enquanto o paciente apresentar lesões”, completa a médica.

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