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“Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?”

Escola de classe média alta do RJ confirma que adolescente testou positivo para varíola dos macacos; pais se preocupam com transmissão

"Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?"
“Na escola do meu filho há uma criança com Monkeypox, devo me preocupar?”

A escola “Pense”, que fica localizada do Recreio, zona de classe média alta da cidade do Rio de Janeiro, emitiu um comunicado afirmando que um aluno testou positivo para a varíola dos macacos. Os pais dos alunos se preocupam com a possibilidade de transmissão, no entanto, de acordo com a instituição de ensino, o aluno estava afastado das aulas pelos pais desde o início dos sintomas.

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Um dos pais preocupados com essa possível transmissão é o neurocientista e biólogo brasileiro que vive em Portugal e tem filha estudando na instituição. Fabiano de Abreu Agrela, pai da estudante Gabriela Riccobene, alertou que é necessário que a escola já possa pensar em um possível plano de contingência diante do aumento no número de casos no estado do Rio de Janeiro.

No dia 2 de agosto, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que foram confirmados 190 casos de varíola dos macacos no Rio de Janeiro. Outros 70 casos suspeitos e 11 prováveis seguem em investigação; 129 foram descartados.

Abaixo, infectologista do Hospital Albert Sabin (HAS) fala sobre as preocupações que envolvem a doença.

Palavra da infectologista

Dra. Dania Abdel Rahman, Coordenadora do setor de Infectologia Clínica e Controle de Infecção Hospitalar e Infectologista do Hospital Albert Sabin (HAS), aponta que “é importante salientar que a varíola dos macacos é completamente diferente da covid-19, pois, não causa pneumonia e outras complicações do coronavírus. Além disso, as doenças são transmitidas por diferentes tipos de vírus. Então, possivelmente não se tornará uma pandemia”.

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Inicialmente, os principais sintomas são dores musculares, febre e mal-estar geral. Logo após surgem as lesões na pele, geralmente iniciadas na região genital. “Porém, isso não é uma regra, pois, o paciente pode observar lesões iniciais em outras regiões, como face, tronco, membros. Tais lesões surgem como pequenas pústulas, com conteúdo amarelado e purulento, e depois disso eclodem, abrem e secam, transformando-se em crostas”, explica a infectologista.

A transmissão pode ocorrer durante todo o período em que existe lesão, contudo, quando estão bolhosas e com secreção são muito mais transmissíveis, pois, é nessa secreção que se encontra o vírus. Quando as feridas se transformam em crosta, a transmissibilidade diminui, mas ainda existe. “Por esse motivo é recomendado o tempo de isolamento de, no mínimo, quatorze dias ou enquanto o paciente apresentar lesões”, completa a médica.

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