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Mulheres têm mais dificuldades ao tentar parar de fumar, conforme estudo

Published 31/01/2022

Ao tentar parar de fumar, mulheres têm mais dificuldades do que homens - Freepik/jcomp

O desejo e a decisão de querer parar de fumar já é um passo grandioso na vida de um fumante, mesmo que tenha um caminho longo a ser percorrido pela frente. Ao olhar o cenário de tabagismo no Brasil, percebe-se uma queda no número de usuários. Um levantamento feito pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indica que, em 2006, a quantidade de fumantes era de 15,7% e, em 2020, o índice chegou a 9,5%

Dentre os fumantes no Brasil, os homens são os que prevalecem, mas, as mulheres podem ter mais dificuldades ao tentar parar de fumar. É o que mostra uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Faculdade de Medicina do ABC, Columbia University e University of Pennsylvania

E não são apenas as mulheres brasileiras que enfrentam árduos obstáculos: esse cenário pode ser visto em outros países. Com base em dados da Global Adult Tobacco Survey, os pesquisadores fizeram uma análise nos seguintes países: Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Paquistão, Filipinas, Rússia, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Vietnã. 

Imagem: INCA/Vigitel Brasil 2006 a 2020

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MULHERES TÊM MAIS DIFICULDADES PARA LARGAR O CIGARRO DO QUE OS HOMENS, CONFORME ESTUDO

Conforme o estudo publicado no Addictive Behaviors, de 3% a 14% das pessoas que não conseguiram largar o cigarro no primeiro dia de abstinência, as mulheres apresentaram 2,1 vezes mais essa dificuldade do que os homens

Ao Jornal da USP, o pesquisador e orientador de pós-graduação do departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do USP, João Mauricio Castaldelli-Maia, disse que a pesquisa ressalta um maior suporte para as mulheres nesse momento. “A gente precisa pensar políticas adequadas para mulheres, considerando fatores como diferente acesso à medicação e pressões desiguais relacionadas à gravidez e ao trabalho doméstico, por exemplo”

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No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) sobre o tabagismo em pessoas com 18 anos ou mais no país mostrou que, em 2019, quase 16% dos homens representavam o total de fumantes, enquanto as mulheres corresponderam a 9,6%.

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