Os efeitos das mudanças climáticas têm impactos profundos na saúde pública. O calor excessivo é um desses efeitos que tem provocado mortes e internação nos últimos anos, conforme pesquisa da Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS), divulgada na última terça-feira, 08. Os dados mostram um cenário grave para os países das Américas: a taxa de mortalidade por conta do calor será cada vez mais frequente no continente americano.
Para se ter uma ideia, uma província do Canadá, chamada Colúmbia Britânica, registrou 500 óbitos só entre junho e julho de 2021, devido à alta temperatura. Doenças cardiovasculares, respiratórias e renais estão entre as enfermidades provocadas ou intensificadas pelo calor excessivo.
+++ Três bilhões de pessoas são vulneráveis à crise climática, aponta pesquisa
+++ Oscilação de temperatura pode aumentar doenças de pele
TAXA DE MORTALIDADE POR CALOR É MAIOR ENTRE CRIANÇAS E IDOSOS
Por exemplo, as frequentes queimadas causadas por temperaturas elevadas faz com que as partículas tóxicas danifiquem o sistema respiratório da população. Inclusive, os incêndios florestais foi um ponto de alerta pela IANAS. Ainda, conforme a pesquisa, os mais afetados pelos efeitos climáticos são crianças, idosas, pessoas desnutridas e que vivem em condições precárias.
De acordo com a pesquisa da IANAS, dentre os óbitos na Colúmbia Britânica, no ano passado, 79% tinham mais de 65 anos. Ainda, outros sintomas desse cenário alarmante são os grandes casos de insolação e exaustão na população de países como Brasil, Estados Unidos e Chile.