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Menopausa precoce! Saiba como o estresse afeta seu ciclo menstrual

Especialista em Medicina Integrativa faz alerta sobre risco de menopausa precoce como um dos principais efeitos do estresse excessivo em mulheres

Estresse pode promover menopausa precoce – Foto de Anna Shvets no Pexels

Com o amadurecimento feminino, a menopausa torna-se cada vez mais temida por elas. No entanto, por mais inevitável que seja, existem formas de se preparar para essa fase da vida e até de evitar que chegue antes da hora. Estudos apontam que uma em cada 10 mil mulheres é diagnosticada com menopausa precoce ou amenorreia, tendo menos de 20 anos e 90% destes casos acontecem de forma espontânea e idiopática, ou seja, sem explicação científica concretizada pelos médicos, uma vez que as pacientes costumam ser saudáveis e férteis nesta faixa etária.

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“Basicamente, a menopausa é o nome que se dá ao fim menstruação e falência ovariana, que leva ao fim da vida reprodutiva da mulher. Para que seja diagnosticada a menopausa, é preciso que a mulher esteja sem menstruar há pelo menos 12 meses, o que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos. Mas, quando isso se dá antes do previsto, é preciso investigar as causas externas que possam ter gerado algum desequilíbrio hormonal, capaz de suspender o ciclo menstrual”, explica a ginecologista e mastologista Dra. Renata Sampaio Goes.

De acordo com a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira, o diabetes, os transtornos alimentares, uso de medicamentos para tratamentos de doenças como câncer, além do estresse estão entre os principais fatores externos que podem afetar diretamente o ciclo das mulheres.

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Mas, como isso pode acontecer?

A Dra. Esthela explica que o estresse faz com que sejam liberados neurotransmissores, que atuam nas mesmas áreas do cérebro que induzem e controlam a produção dos hormônios responsáveis pelo ciclo menstrual. Assim, o fluxo e a frequência menstrual podem sofrer alterações, até que ocorra a amenorreia (ausência de menstruação).

“Neste período de pandemia, com o isolamento social e a sobrecarga física e emocional, pudemos notar bem como o estresse tem afetado as mulheres. Muitas pacientes perceberam irregularidades no seu ciclo menstrual, ao mesmo tempo que relataram mais estresse e ansiedade em decorrência da dupla jornada de trabalho, das mudanças de hábito alimentar, de sono e de rotina. O que certamente nos sugere uma relação entre ambos os quadros”, conta a nutróloga.

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Dra. Esthela Oliveira, ressalta ainda a importância de manter o equilíbrio entre a saúde do corpo e da mente desde jovens, mas com ainda mais cuidado após os 30 anos, quando a mulher começa a apresentar os primeiros sinais de queda hormonal. “Em casos onde a menopausa ocorre antes do natural, alguns sintomas característicos em mulheres mais maduras podem servir de alerta, como: diminuição do fluxo e frequência menstrual, ondas de calor repentinas, falta de concentração, dores de cabeça, ansiedade, alterações do sono, da libido e de humor”, afirma a Dra. Renata Sampaio.

Segundo a Dra., a menopausa vai muito além da ausência de menstruação e da interrupção da fertilidade feminina, já que a queda na produção de estrogênio pode levar ao aumento de peso, a fragilidade óssea e a maior predisposição para doenças crônicas.

“Mas, a boa notícia é que com um acompanhamento médico multidisciplinar é possível evitar que ela ocorra precocemente ou mesmo tratar dos sintomas que causam desconforto. As terapias de reposição hormonal, além da reeducação alimentar e da prática de atividades físicas diárias podem ser ótimas alternativas nestes casos”, aconselha a especialista em Medicina Integrativa, que reforça a importância de buscar ajuda médica logo que as primeiras alterações no ciclo forem notadas.

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Sobre Esthela Oliveira – @draesthelaoliveia

Dra Esthela Oliveira, médica do esporte, pós-graduada em nutrologia e medicina integrativa. Fundadora da Side Clinic, o espaço traz uma visão mais ampla sobre o cuidado com o paciente, acompanhando-o em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas como ferramenta para complementar a medicina tradicional.