Instituto Butantan irá produzir medicamentos para doenças crônicas
De acordo com Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 52% dos brasileiros têm o diagnóstico de ao menos uma doença crônica
De acordo com Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 52% dos brasileiros têm o diagnóstico de ao menos uma doença crônica
Em um acordo chamado Política de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), o Instituto Butantan irá obter tecnologia para começar a produzir medicamentos contra doenças crônicas no Brasil. Aliás, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, 52% dos brasileiros com mais de 18 anos receberam o diagnóstico de ao menos uma doença crônica.
De acordo com anúncio do instituto, nesta quarta-feira, 15, a ideia é de que a produção dos remédios seja voltada para doenças como artrite reumatoide, psoríase e espondilite anquilosante, por meio de adalimumabe e etanercepte.
Segundo o artigo “Tratamento da artrite reumatoide no Sistema Único de Saúde, Brasil: gastos com infliximabe em comparação com medicamentos modificadores do curso da doença sintéticos, 2003 a 2006”, a incidência de artrite reumatoide no Brasil em adultos chegou a variar de 0,2% a 1%, o que equivale a 1,3 milhão de pessoas com a doença.
Já em relação à psoríase, por exemplo, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, foram constatados 117 casos da enfermidade em contato, por telefone, com 8.947 pessoas.
“Com esse acordo, a nossa fábrica de monoclonais poderá iniciar a sua operação com esse produto. Um passo muito importante nessa jornada do Butantan em direção à produção de biotecnológicos modernos, como é o caso dos anticorpos monoclonais”, disse o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Em 2020 os medicamentos adalimumabe e etanercepte foram aprovados no Brasil, e com a produção do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que será realizada durante a transferência de tecnologia, os custos serão diminuídos e a acessibilidade a esses tipos de medicamentos irá aumentar.