Segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, cerca de 2,2 milhões de brasileiros que estão na fase adulta sofrem de gengivite. E 88% deles sequer imaginam, estando sujeitos a diversos riscos mais graves. Este número elevado é decorrência da falta de cuidado com a higiene bucal e da baixa visita a um consultório odontológico para exames preventivos.
“A periodontal tem duas formas principais de surgir, sendo elas a gengivite e a periodontite. Caso a gengivite não seja tratada de uma forma correta, pode se evoluir, ficando mais destrutiva no paciente. Ele pode acabar perdendo algumas parte da gengiva, também do osso e o tecido alveolar, por isso é tão importante que o tratamento seja, praticamente, imediato após os primeiros sintomas que vem a surgir, para não deixar que vire uma periodontite”, afirma Márcio Ramos, cirurgião dentista.
A dentista Bianca Caputo alerta sobre a falta do tratamento da doença. “Sem a medicação e os cuidados necessários, com a gengivite já evoluída para periodontite, há o comprometimento dos tecidos que se encontram presentes ao redor do dente, com esses tecidos sendo prejudicados, há o amolecimento e, consequentemente, a perda deles. Basicamente, a gengiva diminui e a raiz do dente fica exposta”, explica.
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HIGIENIZAÇÃO MAL EXECUTADA É UMA DAS CAUSAS DE GENGIVITE
Bianca afirma que a gengivite é uma consequência de uma higienização mal executada, gerando acúmulo de resíduos alimentares e produzindo a placa bacteriana. Ela explica que essas bactérias presentes nos dentes começam a se alimentar e também a se multiplicar, assim atacando a gengiva e dando origem a uma inflamação. O uso de certos medicamentos, de aparelho fixo e variações hormonais também podem ser a causa da doença.
Além das consequências decorridas pela higienização indevida, a gengiva pode ser afetada ao ingerir alguns alimentos que são considerados como “espetos”. Sabe aquele pão crocante e que acabou de sair do forno? A casquinha dele pode penetrar a gengiva, causando uma irritação, a famosa pelinha da pipoca, que pode passar dias dentro da gengiva e também pode causar o mesmo problema.
“Em casos de doença dentária ou nos de periodontal, a gengiva inchada não é um um único sintoma, é comum que esteja acompanhada de outras sensações, como dor de dente, sangramento gengival e o mau hálito“, afirma Márcio. O doutor-cirurgião afirma que a escovação adequada, o uso constante e correto do fio dental, depois das refeições e antes de dormir, evitar o consumo excessivo de açúcar, e a visita correta ao seu dentista, de preferência duas vezes por ano, são as medidas certas para o tratamento do problema.
Sobre as fontes:
Fundador da IRio Odontologia, o Dr. Márcio Ramos (CRO – 15.032 RJ) é doutor-cirurgião, se formou em 1986 na Faculdade de Odontologia de Campos (FOC), localizada no Rio de Janeiro, também é especializado em Implantodontia e em Dentística Operatória pela Faculdade de Odontologia de Valença.
Bianca Caputo (CRO – 35.325 RJ) se formou em Odontologia em 2007 e abriu sua primeira clínica odontológica em 2011. Atualmente, é especializada em harmonização facial.