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Genes de elefantes são nova aposta para prevenção de câncer

Novo estudo apostou e buscou entender o potencial de determinados genes de elefante na prevenção e/ou tratamento de câncer; entenda

Novo estudo apostou e buscou entender o potencial de determinados genes de elefante na prevenção e/ou tratamento de câncer; entenda
Elefantes produzem gene responsável por evitar câncer – Pexels/Harvey Sapir/Freepik

Um novo estudo realizado por diferentes universidades da Europa trouxe uma curiosidade interessante para o avanço das pesquisas sobre uma das principais doenças do século: genes de elefante podem contribuir na prevenção contra o câncer.

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Tudo foi baseado no conceito Paradoxo de Peto, que consiste em analisar como os riscos de câncer são mais baixos em animais maiores. Isso porque os índices de câncer não se associa à quantidade de células presentes no corpo, como se acreditava.

Por isso, a pesquisa foi atrás de um animal com menores riscos de desenvolver câncer, por conta de seu tamanho: o elefante. Esses animais, por exemplo, apresentam um risco de 4,8% de terem câncer; enquanto nos humanos esse número está em 11% a 25%.

Pesquisa encontrou genes nos elefantes responsáveis pelo baixo índice de câncer

Foi assim que o recente estudo, publicado na revista Molecular Biology and Evolution, encontrou 20 cópias do gene chamado TP53 nos corpos dos elefantes. Os demais mamíferos, incluindo os humanos, apresentam apenas uma cópia desse gene.

Esse gene funciona regulando os mecanismos de reparação do DNA nas céulas, suprimindo o crescimento descontrolado de unidades danificadas. Além disso, junto de outro gene – o MDM2 – ele ainda age essencialmente na divisão e replicação de células saudáveis. Ou seja, evita, ao máximo, o surgimento de câncer, já que não existe a reprodução de células cancerígenas.

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“Esse é um desenvolvimento empolgante para nossa compreensão de como o TP53 contribui para prevenir o desenvolvimento do câncer. Em humanos, o mesmo gene é responsável por decidir se as células devem parar de se proliferar ou entrar em apoptose (morte celular). Mas, como o TP53 toma essa decisão tem sido difícil de elucidar. A existência de várias ligações de TP53 em elefantes com diferentes capacidades de interagir com o MDM2 oferece uma nova abordagem animadora para lançar uma nova luz sobre a atividade supressora de tumor do gene”, explica Robin Fåhraeus, responsável pelo estudo.

A ideia agora é trazer essa descoberta para o âmbito humano e tentar entender como isso poderia auxiliar na prevenção e/ou tratamento do câncer.

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