A cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, morreu no dia 23 de fevereiro, em Aracajú, aos 43 anos, e abalou o mundo da música.
A artista foi internada em 11 de fevereiro, após sentir algumas dores no corpo, e seu quadro se agravou rapidamente. No dia 14, foi transferida para a UTI; três dias depois, entrou em coma. No dia 23, as lesões neurológicas de Paulinha se agravaram e sua morte encefálica foi confirmada.
Tudo isso aconteceu e a assessoria liberou comunicados nas redes sociais informando o estado de saúde da artista, mas até esta segunda-feira, 7 de março, nada se sabia ainda sobre os motivos exatos da internação e, até mesmo, da morte.
Paulinha Abelha usava ao menos 17 substâncias que afetavam o fígado
De acordo com uma reportagem exibida pelo Domingo Espetacular no dia 6 de março, um exame realizado após a morte da artista indicou uma necrose que poderia corresponder a uma “injúria hepática induzida por medicamentos” -um enorme coquetel de remédios para emagrecer foi a provável causa da morte da cantora.
Isso, porque foi encontrada uma receita, prescrita pela própria nutróloga de Paulinha, contendo 17 substâncias que, quando combinadas, sobrecarregam o funcionamento do fígado. Entre esses componentes estão: um antidepressivo, um redutor de apetite, um suplemento alimentar, um regulador do sono, um estimulante, calmantes naturais, uma cápsula para memória e concentração e uma fórmula que promete inibir o apetite e reduzir medidas.
Na receita, um ingrediente chamou atenção: a presença da erva asiática Garcinia Gambogia, que é potencialmente hepatóxica e pode levar a uma hepatite fulminante.
Produtos específicos para combater gordura localizada também foram identificados. De acordo com os médicos ouvidos pela reportagem, a associação medicamentosa criou uma alta demanda para ser processada e acabou sobrecarregando os órgãos.
Procurada pela reportagem, a nutróloga da cantora informou que Paulinha Abelha iniciou o tratamento com ela em 2020, e que “todos os medicamentos prescritos para a paciente o foram dentro de todos os protocolos médicos previstos para o quadro clínico que esta se apresentava”.
EXAME TOXICOLÓGICO DE PAULINHA ABELHA
Outro problema encontrado nos exames da cantora foi a possível aplicação de barbitúricos, que são sedativos ministrados, geralmente, em hospitais. Estes, especificamente, não constam na receita da nutróloga, mas foram encontrados no exame toxicológico da artista.
Reforçamos que a causa da morte não foi confirmada até o momento, porém o caso mostra o quanto é preciso tomar cuidado com a busca pelo “corpo perfeito” e que algumas práticas podem custar a vida.