Ao coletar dados de 340 mil pessoas com HIV (imunodeficiência humana) de 25 países, um estudo publicado na última quinta-feira, 10, na revista científica PLOS Pathogens, analisou que a relação sexual entre pênis e vagina pode provocar uma transmissão mais virulenta do patógeno do que em sexo oral. Para chegar nesse resultado, os pesquisadores realizaram uma comparação da concentração de um tipo de glóbulos brancos, chamado de célula T CD4+.
“A redução na contagem de células CD4+ no início da infecção foi substancialmente maior em HET (héteros, que praticam o sexo vaginal) do que em MSM (homens que fazem sexo com homens, principalmente gays e bissexuais)“, destacaram os cientistas, no estudo. O índice das células T CD4+ costuma cair quando há uma infecção por HIV.
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PATÓGENOS QUE PROVOCAM DOENÇAS MAIS GRAVES SÃO MAIS VIRULENTOS
Quando um patógeno é mais virulento, a doença é mais grave. Conforme a pesquisa de Ananto James e Narendra M. Dixit, do Instituto Indiano de Ciências, a virulência do HIV é maior na relação vaginal por conta de “gargalos de transmissão”. “Como os diferentes grupos de risco tendem a usar diferentes modos de transmissão predominantes, é possível que as cepas do HIV-1, diretamente afetadas pelos gargalos, possam ter evoluído de forma diferente nos grupos”.
HIV-1 E HIV-2
Segundo a Rede D’Or São Luiz, o HIV-1 e HIV-2 são variantes do HIV, em que o 1 é o mais comum. “Os dois vírus são similares na transmissão e podem levar o paciente a desenvolver a AIDS, a síndrome da imunodeficiência adquirida, caso não sejam tratados de forma adequada”.