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Esofagite e gastrite: Quais são as diferenças entre as condições que acometeram Joelma?

O esôfago é responsável por levar o alimento até o estômago, e inflamações nessas duas regiões podem provocar esofagite e gastrite; Entenda!

Entenda as diferenças entre esofagite e gastrite
Entenda as diferenças entre esofagite e gastrite – Instagram/joelmaareal e Pixabay/Elionas2

Após o aparente inchaço de seu rosto, a cantora Joelma passou por uma série de exames que resultou em condições como: esofagite, gastrite e edema. Segundo comunicado de sua assessoria, essas complicações foram decorrentes da covid-19, em que Joelma já foi infectada quatro vezes. A cantora chegou a ser internada por conta de seu quadro de saúde, mas já recebeu alta e até publicou um vídeo brincando com o suporte de soro: “É Pará, é calypso, é soro na veia. Eu estava de repouso, juro”.

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ESOFAGITE E GASTRITE: QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS?

Apesar do esôfago ter funções ligadas ao estômago, as complicações nas regiões podem, até mesmo, gerar sintomas diferentes. Para entender melhor, a nutróloga Ana Luisa Vilela explica que o esôfago é “um tubo que liga a boca ao estômago” onde os alimentos são transportados. A esofagite e gastrite são caracterizadas por uma inflamação, em que a primeira é localizada no esôfago – como o próprio nome sugere – e o segundo é no estômago.

Em relação ao esôfago, a nutróloga “é um músculo revestido de uma mucosa que não é tão resistente aos ácidos estomacais, como a mucosa gástrica”. Ainda, Vilela explica que os sintomas dependem do grau da inflamação, que pode ir de uma dor torácica até um caso assintomático. Mas, em relação aos sintomas mais comuns, a gastroenterologista e hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Patrícia Almeida, cita a azia e regurgitação.

Azia e regurgitação

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“A azia é descrita como uma sensação de queimação ou desconforto na região superior do abdome, ou média do peito, possivelmente envolvendo o pescoço e a garganta, que pode se agravar ao deitar e após as refeições”, explica a gastroenterologista.

Em relação à regurgitação, a médica fala que o sintoma é definido “como a percepção da subida do conteúdo gástrico refluído para a boca. Os pacientes geralmente regurgitam material ácido misturado com pequenas quantidades de alimentos não digeridos”.

Outros sintomas, conforme a médicas, podem incluir:

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  • Dificuldade para engolir;
  • Pigarro;
  • Sensação de globus;
  • Dor de garganta;
  • Tosse crônica;
  • Rouquidão;
  • Náusea.

CAUSAS DA ESOFAGITE E GASTRITE

Quando ocorre o refluxo gástrico, ou seja, “quando o conteúdo ácido do estômago entra em contato com a mucosa do esôfago”, o esôfago é inflamado, como destaca a hepatologista. “No entanto, também pode decorrer do uso de medicamentos, infecções e alterações alérgicas”.

Já a gastrite, a médica explica que as principais causas são: “a bactéria H. Pylori, uso de anti-inflamatórios e antibióticos, ingestão excessiva de álcool, tabagismo, e ingestão frequente de irritantes gástricos, como refrigerantes, frituras, sucos artificiais, temperos prontos e molhos”.

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Em relação aos sintomas da gastrite, a Dra. Patrícia ressalta que pode ter uma variação entre os desconfortos, que englobam:

  • Dor a desconforto abdominal;
  • Má digestão;
  • Distensão abdominal;
  • Náuseas.

COMO A COVID-19 PODE DESENCADEAR ESOFAGITE?

O risco de uma pessoa infectada por covid-19 desenvolver esofagite, como a cantora Joelma, está entre os medicamentos que podem ser receitados. “Infelizmente, a necessidade do uso de medicamentos para o tratamento da covid-19 e seus sintomas, como analgésicos, corticóides e, por vezes, antibióticos podem aumentar os riscos de esofagite. Vale ressaltar ainda que o ganho de peso, o consumo de mais fast food e o sedentarismo, hábitos mais frequentes na pandemia, também aumentam sobremaneira o risco de esofagite.

A gravidade da doença, como destaca a nutróloga Ana Luisa Vilela, não está relacionada apenas a dor, também pode estar associada a “lesões físicas da mucosa ou até mesmo bloqueio do fluxo alimentar”. A Dra. Patrícia também alerta: “se não tratada adequadamente pode evoluir com gravidade. As complicações mais temidas são o esôfago de Barrett, estreitamento do esôfago, câncer de esôfago, laringite crônica e até mesmo exacerbação da asma“.