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Esclerose múltipla: cientistas encontram relação de vírus com a doença

Published 18/04/2022

Cientistas fazem descoberta sobre esclerose múltipla - Pexels/Anna Shvets

Doença sem cura e que impacta os neurônios, a esclerose múltipla afeta três milhões de pessoas no mundo. A enfermidade faz com que o sistema imunológico se volte contra a região neurológica. Mas, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, detectaram um vírus que pode estar associado ao desenvolvimento da doença. 

QUAL VÍRUS PODE ESTAR RELACIONADO COM A ESCLEROSE MÚLTIPLA?

“Doença do beijo”: esse é o termo popular para o quadro chamado de febre glandular ou mononucleose. Na verdade, quase todos estão sujeitos a contrair a doença, já que é muito comum. A enfermidade é provocada pelo vírus Epstein-Barr. A observação foi feita a partir da amostra de 10 milhões de pessoas, em que 955 sofriam com esclerose múltipla. 

“Indivíduos que não foram infectados com o vírus Epstein-Barr praticamente nunca desenvolvem esclerose múltipla”, disse à BBC Alberto Ascherio, da Universidade de Harvard. Por outro lado, os cientistas notaram que pessoas que pegaram o vírus receberam o diagnóstico da doença cinco ano após serem contaminadas pelo Epstein-Barr

A relação do Epstein-Barr com a esclerose múltipla não foi uma tarefa fácil, já que a doença incurável é considerada rara. No entanto, para o professor Gavin Giovannoni, da Universidade Queen Mary de Londres, os estudos mostram uma evidência forte “de que esse vírus provavelmente é a causa da esclerose múltipla”

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CIENTISTAS APONTAM QUE INFECÇÃO POR VÍRUS PODE AUMENTAR EM 30 VEZES O RISCO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

A suspeita de que o vírus Epstein-Barr seja o causador da esclerose múltipla ganha ainda mais força entre a comunidade científica, no entanto, estudos mais específicos são precisos para chegar a uma resposta conclusiva, como verificar se uma prevenção contra o micro-organismo também pode prevenir a esclerose. Mas, segundo Ascherio, análises observaram que a infecção pelo vírus pode aumentar em 30 vezes o risco de esclerose múltipla.

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