Depressão: 5% dos adultos no mundo sofrem com o transtorno, anualmente

Pesquisadores apontam mudanças necessárias para o tratamento da depressão, já que, atualmente, não se faz o suficiente para aliviar o sofrimento desse distúrbio

Estudo fala sobre uma crise global de depressão – Freepik/jcomp

A depressão é um transtorno que vem atingindo cada vez mais pessoas ao redor do mundo. Em um estudo publicado na revista The Lancet, os pesquisadores fazem um apelo para que medidas sejam tomadas de forma urgente, como a mudança dos protocolos de tratamentos, além de alterar a classificação do transtorno. Isso porque, conforme a pesquisa, 5% dos adultos sofrem com depressão todos os anos, em escala global.

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A população de países de baixa ou média renda são as mais impactadas pela doença, com falta de diagnóstico e tratamento para 80 a 90% das pessoas que vivem nessas regiões, como o Brasil. Nos países mais ricos, cerca de metade das pessoas não são adequadamente diagnosticadas e tratadas. 

“Tratamentos psicossociais e médicos eficazes são de difícil acesso, enquanto altos níveis de estigma ainda impedem muitas pessoas, incluindo a alta proporção de adolescentes e jovens em risco ou vivenciando depressão, de buscar a ajuda necessária para ter uma vida saudável e produtiva”, comunicou à imprensa o copresidente da comissão e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Christian Kieling

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PESQUISADORES RECOMENDAM MUDANÇAS PARA UM TRATAMENTO ADEQUADO DA DEPRESSÃO

Publicado na última terça-feira, 15, os pesquisadores recomendam que mudanças sejam feitas para que pessoas com depressão tenham uma assistência mais adequada. Dentre os métodos, estão tratamentos mais personalizados, com a noção da cronologia, intensidade e gravidade dos sintomas. Outra orientação é de que as intervenções sejam feitas conforme as singularidades do paciente

Poucas pessoas nas comunidades, governos e setor de saúde entendem ou reconhecem a depressão como algo distinto dos outros problemas que as pessoas enfrentam. Não se faz o suficiente para evitar e aliviar o sofrimento e as desvantagens ligadas à depressão, e poucos governos reconhecem o freio que a depressão coloca no desenvolvimento social e econômico”, pontuam os pesquisadores, no estudo.

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