Da estética ao funcional: a rinoplastia também pode corrigir problemas respiratórios?
A cirurgiã plástica Ana Roxo tira essa dúvida sobre o procedimento de rinoplastia
A cirurgiã plástica Ana Roxo tira essa dúvida sobre o procedimento de rinoplastia
Com o início da pandemia em 2020, a rinoplastia se tornou a 7ª cirurgia plástica mais realizada no Brasil, segundo o censo encomendado pela Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF). O procedimento, sobretudo, se tornou conhecido por suas mudanças estéticas. No entanto, questões de saúde se fazem presente nas reclamações de pacientes, principalmente no que diz respeito a problemas respiratórios.
Mesmo sendo considerada uma das cirurgias mais complexas a serem realizadas, a procura por um bom profissional se torna necessária. A PhD em cirurgia plástica, Ana Roxo, enfatiza que por ser um órgão estético e funcional, o cirurgião deve dominar as duas áreas.“Está no centro da face e por isso é uma cirurgia que exige um maior detalhamento por conta do impacto que o resultado pode causar. Além disso, a estética do nariz depende de muitas estruturas como espessura da pele, qualidade das cartilagens e porção óssea. Então é uma cirurgia que depende de refinamento e, além de técnica, o domínio de táticas cirúrgicas que atendam aos diferentes casos“.
Antes de realizar o procedimento, é necessário saber exatamente o que procura. Um dos pontos importantes é saber a diferença entre rinoplastia e rinomodelação. “A rinoplastia é um procedimento cirúrgico, onde é possível tratar tanto a parte estética, quanto a parte funcional do nariz. Já a rinomodelação é o uso de preenchedores para melhorar a estética nasal”, complementa a Dra.
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Além disso, a cirurgia se torna aliada para quem sofre de problemas funcionais que envolvem a respiração, como, por exemplo, o desvio de septo. De acordo com Roxo, “na rinoplastia, quando o paciente tem queixa funcional ou qualquer alteração anatômica, corrigimos essa questão na mesma cirurgia. A cirurgia é para que o nariz fique além de bonito, se torne funcional”, comenta.
Com os avanços da tecnologia, ainda é possível ter uma ideia de como será o resultado do procedimento. “Utilizamos uma ferramenta na primeira consulta, a simulação, para alinhar as expectativas e possibilidades de resultado”, complementa Roxo.
Desta forma, para a cirurgiã, adequar expectativa do paciente à possibilidade de tratamento é passo fundamental para o sucesso do procedimento: “É preciso entender as queixas de cada um para que se possa oferecer o tratamento adequado dentre de suas expectativas”, finaliza.