Cuidado com o excesso de álcool! Estudo aponta relação do câncer de esôfago com substâncias de bebidas alcoólicas

O álcool é uma das bebidas que mais vemos em festas e reuniões familiares e com amigos, por exemplo. E, embora muito se fale de como o seu consumo excessivo faz mal para a saúde, esse cenário parece estar longe de regredir, principalmente no Brasil. Durante a pandemia da Covid-19, uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostrou que dos 3.799 entrevistados brasileiros, 42% relataram um alto consumo da bebida nesse período. 

E as consequências desse hábito são cada vez mais apresentadas em estudos científicos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontou que exagerar na bebida pode deixar marcas nas células do esôfago capazes de desenvolver um tumor na região. 

O estudo publicado na revista Nature Genetics foi realizado por meio da análise de mutações no gene chamado TP53, que conserva a estabilidade do DNA, e foi observado que substâncias do álcool podem fazer essa alteração genética e fragilizar a sua função, o que facilita o surgimento do câncer.

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De acordo com o Inca, o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre os homens brasileiros e o 15º entre as mulheres. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tipo dessa doença é o oitavo no mundo e o sexto mais mortal. Quando combinado com o tabagismo, as chances de se desenvolver câncer no esôfago e em outras regiões aumentam ainda mais.

Conforme o Inca, além de evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e buscar parar de fumar, outras formas preventivas contra o desenvolvimento do câncer de esôfago são:

• Manter o peso corporal adequado;
• Identificar e tratar a doença do refluxo gastroesofagiano (DRGE);
• Consumir bebidas quentes, como o chimarrão, em temperaturas inferiores a 60ºC. Espere cerca de cinco minutos para ingerir a bebida na temperatura adequada;
• Utilizar preservativo durante relações sexuais.