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Como prevenir o cérebro da perda de memória por doenças com a neuroplasticidade?

Published 16/03/2022

Neurocientista explica como proteger o cérebro da perda de memória - Unsplash/Milad Fakurian

Quando o cérebro humano se reorganiza para aprender algo novo, ele exerce a neuroplasticidade, que constitui uma forma de estímulo cerebral benéfica para os tecidos neurais. Os estudos do neurocientista e biólogo, PhD, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, mostram que a neuroplasticidade pode promover mais células gliais que dão suporte ao funcionamento do órgão e prevenção contra agentes nocivos.

“Exercitar o cérebro permite ampliar e melhorar a forma dos neurônios, promovendo resultados benéficos para a saúde ao longo da vida e diminuindo as chances de desenvolver doenças neurológicas”, informa o neurocientista.

Um exemplo dos benefícios preventivos da neuroplasticidade é a resposta dos tecidos cerebrais contra o coronavírus: “A proteína da covid-19 se acopla aos astrócitos, que são células gliais que dão suporte aos neurônios. Elas possuem as mais diversas funções, como proteção, energia e nutrição neural”, adverte Agrela. O coronavírus prejudica o funcionamento dos astrócitos e, consequentemente, desencadeia perda de memória. Portanto, exercer a neuroplasticidade e fortalecer a saúde desses tecidos é um cuidado preventivo para os males do vírus”, afirma.  

O tecido do cérebro é maleável, podendo sempre melhorar conforme estímulos externos. Portanto, a adoção de hábitos saudáveis aliada a estímulos benéficos podem promover grandes benefícios para a saúde do tecido cerebral e do corpo como um todo.

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NEUROPLASTICIDADE DIMINUI DANOS DE DOENÇAS

“A neuroplasticidade cerebral promovida mediante ao processo de aprendizagem condiciona não apenas uma boa saúde mental, como também diminui os danos de doenças que atacam as células neuronais”, constata o neurocientista professor e pesquisador da Universidad Santander. Exercitar o cérebro permite ampliar e melhorar a forma dos neurônios, promovendo resultados benéficos para a saúde ao longo da vida e diminuindo as chances de desenvolver doenças neurológicas.

Um estudo feito pela cientista Marian Diamond constatou que Einstein tinha mais células gliais por neurônio que a maioria das pessoas, fator relacionado com a sua inteligência: “Logo, as pessoas mais inteligentes têm neurônios maiores e podem ter mais células gliais para que dêem um melhor suporte”, pontua Fabiano de Abreu, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Redilat, rede de cientistas latino-americanos.

Além disso, o PhD destaca que hábitos como uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos, boas noites de sono e também o controle do stress e da ansiedade podem beneficiar o funcionamento dos neurônios e garantir tecidos mais saudáveis para responder contra a ação de agentes nocivos como os exemplos abaixo:

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10 HÁBITOS SAUDÁVEIS PARA O CÉREBRO

  1. Alimentação: Estamos cansados de saber que dietas como a japonesa e a do mediterrâneo ajudam nesta neuroplasticidade.  
  2. Exercícios físicos: Sim, há uma libertação de neurotransmissores que ajudam no processo de memorização, crucial para a neuroplasticidade.  
  3. Dormir de noite e não de madrugada: Começamos a libertar melatonina, neurotransmissor crucial para o “reset” do cérebro ao anoitecer, sua produção mais intensa acontece das duas às quatro da madrugada. Durante o sono ocorre, no sistema nervoso central, uma limpeza de substâncias nocivas como as beta-amiloides. No hipocampo as memórias são recolhidas provisoriamente durante a noite e depois vão para o lobo frontal, onde se dá a escolha entre o que interessa ou não guardar, armazenando as escolhidas através de ondas do sono profundo, para o córtex cerebral onde são armazenadas. O sono lento e profundo ajuda a consolidar o que se aprendeu.
  4. Auto-observar-se: Observar atentamente seus pensamentos, sentimentos e sensações corporais.
  5. Procure as perguntas e não as respostas: Elas são melhores para que explore o conteúdo mais completo enquanto as perguntas são mais bem definidas e a emoção na expectativa é ilimitada até que a resposta a limita.  
  6. Faça o oposto: Se está ruim, troca, mude o seu ponto de vista, mas não apenas isso, mude a mão que escova os dentes, ande de costas, inverta as mãos no teclado, mude os exercícios físicos. Obrigue o seu cérebro a trabalhar em novas vertentes, já que fazer a mesma coisa consolida o modo automático do cérebro.  
  7. Controle a ansiedade: A ansiedade aciona o sistema simpático do corpo, alterne acionando o sistema nervoso periférico para tirar o foco da ansiedade. Mas, como faz isso? Mexendo em partes do corpo como pés, nádegas, coxas, braços, aperte com vontade e sinta. Pense em palavras que te tragam pensamentos relaxantes, uma palavra já te leva a outra atmosfera mental. Mude o pensamento, revertendo-o para o que não te traga ansiedade.  
  8. Metas alcançáveis: Tenha metas em que sua capacidade as faça alcançar. Melhor milhares de metas alcançáveis do que uma só impossível que possa te frustrar caso não a conquiste. As metas são motivos de vida e te levam a procurar conhecimento para conquistá-las.
  9. Estímulo intelectual: Ler, estudar, escrever trabalhos como pesquisas, fazer resumos, aprender música, novos idiomas. Áudios e vídeos que tragam conhecimento são menos eficazes, mas é melhor que nada.  
  10. Arte e dança – Isso mesmo, dance, ou pinte um quadro, que tal desenhar o que aprendeu? Explore seu lado artista, afinal, Leonardo da Vinci foi um gênio.

Sobre a fonte:

O Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

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