O termo “isolamento social”, por si só, já pode remeter à solidão. Muitos idosos ficaram sozinhos por muito tempo por conta da pandemia de covid-19, e os efeitos disso pode não ter sido positivo para alguns. De acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of American Medical Association (JAMA), a solidão pode ter impactado o coração, principalmente, de mulheres.
Em uma sociedade que já exclui as pessoas idosas, a solidão entre o grupo da terceira idade tem preocupado cientistas como uma questão de saúde pública, já que foi observado um aumento das chances de doenças cardiovasculares. O maior risco analisado foi entre mulheres que viveram um maior isolamento social e foram mais afetadas pela solidão, com a taxa de 13,0% a 27,0%, comparado com aquelas que tiveram esse tempo de isolamento mais reduzido.
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MULHERES IDOSAS SÃO MAIS VULNERÁVEIS A DOENÇAS CARDÍACAS POR CONTA DE SOLIDÃO
O estudo, com mais de 57 mil mulheres nos Estados Unidos, apontou que a maior incidência de problemas no coração foi entre mulheres idosas. “Os resultados sugerem que esses processos psicossociais prevalentes merecem maior atenção para a prevenção de doenças cardiovasculares em mulheres mais velhas, particularmente na era do covid-19”, destacaram os cientistas, no artigo.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), problemas cardíacos confiram-se como as principais causas de mortes nas Américas, fazendo dois milhões de vítimas anualmente. “O isolamento social e a solidão foram associados independentemente a um risco modestamente maior de doenças cardiovasculares entre mulheres na pós-menopausa nos EUA, e mulheres com isolamento social e solidão tiveram maior risco de doenças cardiovasculares do que aquelas com qualquer exposição isolada”, destacaram.