Cognição é afetada pelo consumo de ultraprocessados: Estudo brasileiro faz alerta

Segundo novo estudo divulgado, o consumo de alimentos ultraprocessados aumentam, em cerca de 30%, declínio cognitivo — Consumo diário de ultraprocessados afeta cognição – Pexels/Tim Samuel

Muito se fala sobre os riscos cardiovasculares e de obesidade do consumo de ultraprocessados, no entanto, esses alimentos também afetam, e muito, nossa cognição e merece alerta.

Segundo novo estudo da Universidade de São Paulo (USP), divulgado nessa segunda-feira, 1 de agosto, “a queda cognitiva ao longo da vida é 28% maior em quem consome mais de 20% das calorias diárias em ultraprocessados”.

A pesquisa é realizada desde 2008 e acompanha o estado de saúde de cerca de 15 mil pessoas entre 35 e 74 anos. Assim, dividiram esses em quatro grupos conforme a porcentagem de ultraprocessados que consomem.

Concluiu-se, portanto, que, esse consumo afeta diversos fatores, como, por exemplo, enxaquecas, consumo de álcool, inflamação e, principalmente, doenças vasculares como a hipertensão.

“Esses resultados, além de inéditos, são muito importantes, pois apontam para um comportamento que as pessoas podem modificar. E, com isso, possivelmente diminuir a chance de declínio cognitivo ao longo dos anos”, comenta Natália Gonçalves, principal autora do estudo.

O que é consumir 20% das calorias diárias em ultraprocessados que afetam cognição?

Conforme o estudo relata, afeta-se a cognição quando se há o consumo de 20% ou mais de ultraprocessados. Mas o que seria essa porcentagem? Como exemplificam os responsáveis pela pesquisa, esse valor corresponde a, por exemplo, três míseras fatias de pão de forma.

O recomendado, portanto, é cortar esses alimentos das dietas, prevenindo o desenvolvimento cognitivo. Na lista desses alimentos estão: pães de forma, macarrão instantâneos, refrigerantes, salgadinhos, etc.