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Cepa da gripe espanhola ainda pode estar circulando? Veja o que diz estudo

Um estudo aponta o que pode ter acontecido com o vírus da gripe espanhola, de 1918, até os dias atuais

Estudo sobre gripe espanhola
Estudo sobre gripe espanhola – Unsplash/CDC e Kelly Sikkema

Depois da crise humanitária provocada pela Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), a mutação do vírus Influenza (H1N1) deixou mais rastros de destruição no mundo. A cepa, nomeada de gripe espanhola, deixou até cerca de 100 milhões de mortos por todos os continentes do globo. Hoje, o mundo enfrenta uma outra pandemia que já pode ter feito 15 milhões de vítimas, direta ou indiretamente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas, já se perguntou se a gripe espanhola ainda pode estar circulando?

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Pesquisadores alemães do Instituto Robert Koch buscaram entender justamente essa questão. “A pandemia de influenza de 1918 foi a pandemia respiratória mais mortal do século XX e determinou a composição genômica dos vírus influenza A (IAV) humanos subsequentes”, destacaram os cientistas, em estudo. As análises foram realizadas com amostras pulmonares de vítimas entre 1900 a 1931.

GRIPE CONTEMPORÂNEA PODE TER LIGAÇÃO COM GRIPE ESPANHOLA

Publicado na revista científica Nature Communications, os pesquisadores observaram que a gripe contemporânea, também conhecida como sazonal, pode ter descendência da cepa da gripe espanhola de 1918. “A modelagem do relógio molecular local sugere uma descida pandêmica pura do H1N1 IAV sazonal”, escreveram os cientistas no artigo.

Não há registros de novas variantes da gripe espanhola, mas ela pode ter evoluído com o passar do tempo. O que se sabe é que o vírus H1N1 se tornou sazonal por conta da baixa de sua virulência a partir da década de 1930. É importante destacar também que o estudo não é uma comparação com a covid-19, já que se tratam de vírus diferentes.

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“Embora as poucas sequências que obtivemos possam ser insuficientes para responder algumas perguntas, elas ainda podem oferecer novos insights valiosos se forem representativas dos principais pontos de tempo e locais da epidemia”, disseram os pesquisadores.

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