Células-tronco são capazes de tratar lesões no joelho e evitar cirurgias, aponta estudo

Medicina regenerativa aposta em métodos inovadores e menos invasivos para tratar pacientes; Células-tronco entram como opção em alguns casos

Células-tronco tratam lesões no joelho, apontam estudos – Freepik/ @wayhomestudio

As lesões em cartilagens articulares são altamente comuns, principalmente na terceira idade. Essa condição acomete dores severas no paciente e também compromete os seus movimentos. As opções de tratamentos convencionais para esse estado patológico são escassas e invasivas, todavia, a medicina regenerativa vem apresentando terapias inovadoras. Um estudo publicado por um cientista brasileiro indica sucesso no uso das células-tronco no processo de reparação e combate inflamatório de lesões no joelho.

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A pesquisa analisou laboratorialmente as células-tronco e suas propriedades. Em seguida, foram realizados estudos pré-clínicos em porcos, animais que possuem joelhos semelhantes ao dos humanos, utilizando membranas produzidas a partir de células-tronco mesenquimais, encontradas na medula óssea, tecido adiposo e revestimento da parede articular. De acordo com os resultados, as células tronco são capazes de tratar as lesões na cartilagem. Agora, os cientistas aguardam a aprovação para iniciar testes em humanos. 

Como funciona a atuação das células-tronco? O ortopedista especialista em medicina regenerativa Luiz Felipe Carvalho explica: “as células-tronco são capazes de regular as outras células do sistema inflamatório. Esse processo diminui a inflamação local e estimula a produção de cartilagem” pontua o médico.

Segundo Luiz Felipe Carvalho, a medicina regenerativa é capaz de recuperar os tecidos lesionados a partir de técnicas não invasivas: “os tratamentos regenerativos utilizam procedimentos menos invasivos do que uma cirurgia, por exemplo. Além disso, o uso de medicamentos também diminui, já que a regeneração celular reduz as dores crônicas dos pacientes, que normalmente fazem uso contínuo de medicamentos”, explica o ortopedista.

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Editora Viva Saúde