Infecciosa e transmissível, a tuberculose fez mais vítimas ao redor do mundo durante a pandemia, depois de uma década em queda, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em meio a esse cenário, uma nova vacina contra a doença está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan. A ideia não é apenas oferecer à população mais uma alternativa de vacina contra a doença, mas também criar um imunizante com uma eficácia maior.
Segundo comunicado do Butantan, o estudo já tem demonstrado resultados positivos. Uma pesquisa pré-clínica foi até mesmo publicada na revista científica Frontiers in Immunology. No Brasil, a Bacilo de Calmette e Guérin, popularmente conhecida pela sua sigla BCG, é a vacina contra tuberculose aplicada nos primeiros dias de vida de uma criança.
NOVA VACINA CONTRA TUBERCULOSE MOSTROU MELHORA SIGNIFICATIVA NA FUNÇÃO PULMONAR
De acordo com o instituto, o estudo se trata de uma vacina recombinante, produzida a partir de um adjuvante já presente na BCG para potencializar a resposta imune. Conforme estudos realizados em animais, a nova vacina contra tuberculose mostrou cinco vezes menos bactérias no pulmão, além de uma melhora significativa na função do órgão. A BCG original foi utilizada como comparação.
O anúncio dos resultados da nova vacina contra a doença que afeta os pulmões veio em um cenário em que diversos estados brasileiros estão racionalizando as doses da BCG por conta da redução da distribuição das doses enviadas pelo Ministério da Saúde. Isso porque o único centro de produção da vacina está interditado.
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Conforme o Butantan, os resultados do novo imunizante são importantes porque, apesar da grande eficácia da BCG, principalmente em crianças, a imunidade contra a doença tende a cair durante a vida adulta. Em comunicado, para a doutoranda Luana Moraes e autora do estudo, prolongar essa imunidade em adultos é o objetivo da pesquisa.