As unidades de saúde da Ucrânia não estão sendo poupadas dos bombardeios das tropas russas. Esse cenário tem causado grande preocupação na Organização Mundial da Saúde (OMS) que chegou a destacar, assim que a guerra iniciou, que a saúde é um direito da população que não deve ser violada em crise ou conflitos. Mas, ao que parece, a realidade no país ucraniano é outra.
Desde o dia 24 de fevereiro, a organização observou que 72 pontos de saúde foram atingidos por ataques russos, deixando pelo menos 71 mortos e 37 feridos. “Estamos preocupados que esse número esteja aumentando diariamente”, disse à BBC o representante da OMS na Ucrânia, Jarno Habicht.
Um exemplo desses casos foi um ataque a uma maternidade na cidade de Mariupol, em que uma mulher que estava prestes a dar à luz faleceu junto com seu bebê. Em meio aos escombros e cenário de completa destruição da instalação de saúde, crianças e ao menos 17 mulheres ficaram feridas.
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OMS CITA SEQUESTROS DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA UCRÂNIA
Outro ponto de preocupação para a OMS é uma “provável” onda de sequestros de profissionais da saúde na Ucrânia e de pacientes. “As instalações de saúde devem ser locais seguros para médicos e enfermeiros, mas também para pacientes a quem recorrer para tratamento. Isso não deve acontecer”, afirmou Habicht. Dentre os pontos de saúde atacados, estão: hospitais, ambulâncias e instalações médicas. Além disso, também estão sendo impactadas lojas de suprimentos médicos.