Bebê que nasceu cega passa por transplante inédito de córnea no Rio de Janeiro
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“Peço que as pessoas doem córnea para que possam ajudar outras pessoas que aguardam na fila”: esse foi o pedido de Maria Thuane dos Santos, mãe da pequena Maria Helena que passou por um procedimento com uma técnica inédita no Brasil. Com uma alteração congênita no globo ocular, a menininha de três meses nasceu cega, e apenas um caminho poderia fazê-la enxergar: um transplante de córnea. Os relatos e detalhes da cirurgia foram divulgados pelo próprio Ministério da Saúde.
ESPECIALISTA EXPLICA TÉCNICA UTILIZADA PARA O TRANSPLANTE DE CÓRNEA NA BEBÊ
O procedimento chamou a atenção não só por sua complexidade, mas também pelo modo como foi realizado. O chefe do setor de transplante de córnea do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), no Rio de Janeiro, Paulo Phillipe, explicou que a preparação da córnea é feita manualmente e de modo invertido, “assim, fica menos espessa, o que significa melhor qualidade visual”.
A cirurgia feita no local foi pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Assim, o serviço de oftalmologia do hospital pode oferecer um tratamento moderno e gratuito pelo SUS à população que necessita”, completou Paulo Phillipe. Para o diretor-geral do hospital, Cláudio Pena, foi um orgulho lançar essa técnica pioneira. “Ficamos felizes por poder oferecer uma qualidade de vida melhor ao paciente”.
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No caso da pequena Maria Helena, o procedimento só teria o resultado esperado se fosse realmente realizado já nos primeiros meses de vida. Na última terça-feira, 24, a criança passou pelo transplante de outro olho. Mas, quadros que não sejam pela doença de Maria Helena também podem ser tratados com a mesma técnica. “Resolvi fazer (o transplante) para dar essa chance a minha filha”, relatou a mãe.
