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Aspirina para prevenir infartos? Especialista fala sobre como o medicamento não é mais indicado para esses casos; entenda

A aspirina é fonte de muitos estudos, em que pesquisadores orientam a redução de seu uso para pessoas sem problemas cardiovasculares

Aspirina não deve ser indicada como prevenção primária – Freepik/ViDIstudio

O uso de aspirina já foi muito utilizado como uma maneira de prevenir infartos. No entanto, essa é uma prática que passou a ser contraindicada por conta de estudos científicos acerca do medicamento. Em outubro, por exemplo, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos orientou que pessoas com 60 anos ou mais e sem problemas no coração não ingerissem o medicamento como forma preventiva. 

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O médico cardiologista Dr. Roberto Yano diz que até 2018, a aspirina era utilizada como prevenção primária, ou seja, como forma de evitar infartos e derrames. “Mas novos estudos que foram apresentados no ESC 2018 (European Society of Cardiology) mostraram que para casos de pacientes que ainda não tiveram infarto e derrame, o AAS (ácido acetilsalicílico) não foi tão eficaz”

Com base em estudos, os especialistas da força-tarefa alertaram, ainda, um risco de hemorragias por conta do consumo do medicamento. Aliás, um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) e realizado pelo Imperial College e King’s College, em Londres, apontaram que esse uso preventivo aumenta 40% das chances de hemorragias severas. “O AAS aumentou muito a probabilidade do paciente ter sangramentos gastrointestinais”.

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Com isso, o cardiologista explica que a utilização de aspirina é mais voltada para pessoas que já sofreram com doenças cardíacas e derrames e para aqueles que possuem riscos elevados. “Por exemplo, aquele paciente que tem mais de 10% de chance de infartar nos próximos 10 anos ou diabéticos mal controlados, também o AAS pode ser individualizado”. O Dr. Roberto ressalta que não se usa mais a aspirina como prevenção primária: “Agora, só utilizamos para prevenção secundária, porque para a primária ele causou mais efeitos colaterais do que benefícios ao paciente”

Lembre-se de não se automedicar, para qualquer caso um médico deve ser consultado para fazer uma avaliação correta e precisa.

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