Ácido tranexâmico se destaca no tratamento do melasma e já integra cremes e protetores solares
Substância combate manchas com três mecanismos e reforça sua eficácia no inverno, período ideal para cuidados dermatológicos

Substância combate manchas com três mecanismos e reforça sua eficácia no inverno, período ideal para cuidados dermatológicos
O ácido tranexâmico tem ganhado destaque como um dos principais ativos no combate ao melasma, condição que causa manchas escuras, especialmente no rosto, mas que também pode afetar outras áreas expostas ao sol. Segundo especialistas, a substância é eficaz porque atua em três frentes no controle das manchas: reduz a inflamação, regula a vascularização e modula a produção de melanina.
De acordo com a dermatologista Dra. Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o melasma resulta de uma combinação de fatores. A exposição desprotegida à radiação UV é o principal desencadeador, mas a luz visível, o calor e o infravermelho também contribuem. Além disso, alterações hormonais, como as provocadas pela gravidez ou pelo uso de anticoncepcionais, podem agravar a condição.
“O uso inadequado de cosméticos ou procedimentos agressivos, como ácidos fortes aplicados sem orientação médica, sensibiliza a pele e intensifica a pigmentação”, alerta a médica.
O dermatologista Dr. Renato Soriani, também membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que o ácido tranexâmico atua bloqueando a enzima plasmina, responsável por estimular a produção de melanina durante processos inflamatórios.
Além disso, o ativo regula a formação de novos vasos sanguíneos — frequentemente aumentada em quadros de melasma — e impede a transferência de melanossomas, estruturas que armazenam melanina, para as células da pele. “Dessa forma, ele reduz de maneira significativa a aparência das manchas”, afirma o médico.
Segundo Dr. Renato, estudos comprovam a eficácia do ácido tanto em aplicações tópicas — como cremes e séruns — quanto em uso oral, sempre com prescrição médica.
Outro ponto essencial no tratamento do melasma é o uso diário de filtro solar de amplo espectro, com FPS 50 ou superior. “A reaplicação deve ser feita a cada duas horas, inclusive em ambientes fechados”, reforça a Dra. Lilian.
Seguindo essa orientação, o mercado tem apostado em produtos que combinam ácido tranexâmico com fotoproteção, como o Biosole TX FPS 80, da marca Ada Tina. “Esse protetor clareador bloqueia três vezes mais o melasma, graças à tecnologia Melative Block, que ajuda na redução das manchas e na uniformização da pele”, explica o farmacêutico Dr. Maurizio Pupo, especialista em cosmetologia e CEO da Ada Tina.
O Biosole TX, com textura fluida e toque seco, protege contra os efeitos nocivos do sol por até 12 horas sem reaplicação. Além do ácido tranexâmico, contém niacinamida, que fortalece a barreira cutânea e melhora o tom da pele, e Difendiox, um complexo exclusivo de 14 antioxidantes naturais.
“Essa combinação protege contra a radiação UVA, UVB, luz azul, luz visível e poluição, além de combater os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce”, destaca o Dr. Maurizio.
O Dr. Renato Soriani recomenda o uso contínuo de produtos com ácido tranexâmico por pelo menos três meses, sempre associado ao protetor solar. “A exposição à luz visível pode piorar o melasma, por isso o cuidado deve ser constante”, enfatiza.
Embora os cosméticos sejam fundamentais, o tratamento do melasma deve ser individualizado. Em muitos casos, o uso de tecnologias como o laser de picossegundos é indicado. “Essa tecnologia fragmenta a melanina, facilitando sua eliminação pelo organismo”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., doutor em Dermatologia pela USP.
Uma das inovações no segmento é o Quadri Pico, capaz de tratar não apenas o melasma, mas também outras manchas, como melanoses solares e sardas. “O Quadri Pico atua diretamente nos melanócitos, destruindo os grânulos de melanina sem gerar calor excessivo, o que evita reações inflamatórias que poderiam agravar o quadro”, afirma Dr. Abdo.
O tratamento geralmente é feito em quatro sessões, com intervalo de 15 dias entre elas.
Os especialistas alertam: apesar das diversas opções de tratamento, o melasma deve ser abordado com acompanhamento profissional. “Cada caso é único e exige uma estratégia personalizada para garantir segurança e eficácia”, conclui Dr. Renato Soriani.
Fontes:
Dra. Lilian Brasileiro – CRM 156908 | Instagram: @lilianbrasileiro.dermato
Dr. Renato Soriani – CRM 121106 | Instagram: @renatosoriani.dermato
Dr. Abdo Salomão Jr. – Doutor em Dermatologia pela USP | Instagram: @drabdosalomao