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Vacina da Covid-19 x Mamografia: ginecologista fala sobre possível alteração no exame após a imunização

“Pode acontecer após qualquer vacina, especialmente as que evocam uma resposta imune forte, como a do sarampo e influenza”, diz a profissional; saiba mais

Vacina contra a Covid-19 x Mamografia – Freepik

A vacinação contra a Covid-19 é uma das maneiras mais eficazes e aguardadas pela população do mundo todo para combater a doença causada pelo coronavírus. Porém, após serem imunizadas, algumas mulheres têm apresentado um inchaço na região das mamas e axilas, chamadas alterações linfonodais pós-imunização, que são diagnosticadas após exames de imagens ou de rotina. Para solucionar dúvidas sobre esses casos, a ginecologista e obstetra Thais Zeque explica mais sobre a alteração e orienta como as pacientes devem proceder.

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“As vacinas em uso aqui no Brasil, Astrazeneca e Corona Vac têm apresentado alterações linfonodais. A Pfizer tem RNA mensageiro (RNAm) e essas vacinas têm maior chance de causar linfonodomegalia. Considerado um evento raro, pode acontecer após qualquer vacina, especialmente as que evocam uma resposta imune forte, como a do sarampo e influenza. Essas alterações não são graves, e tendem a desaparecer após 4 semanas de ter tomado as doses”, explica a especialista.

A médica aponta que a intercorrência pode ocorrer em mulheres em qualquer idade, mas isso não significa que as pacientes devam ficar preocupadas ou suspender o uso da vacina.

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“O que indicamos é que a paciente faça exames ginecológicos como mamografia, ultrassom de mama e se necessário, RM de mama, antes de tomar a vacina, assim, terá um resultado mais efetivo e evitará transtornos, como achar que está com algum linfonodo”, ressalta Thais.

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A especialista também explica alguns pontos de atenção divulgados pelo Colégio de Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 

“O indicado é que os laudos de imagem incluam na anamnese das pacientes o status da vacinação, com data e lateralidade da imunização, assim como tipo de vacina recebida. É recomendado que o agendamento dos exames de rastreamento para câncer de mama (pacientes assintomáticas) seja realizado antes da primeira dose ou após 4 semanas da segunda dose da vacina para Covid-19 e no caso de detecção de linfonodopatia axilar unilateral em mulheres que receberam a vacina nas últimas 4 semanas (ipsilateral ao lado da imunização).”, diz.

” A classificação é BI-RADS 0, em caso de ausência de infecção ou inflamação associadas, 2 se estiver tudo bem e 4 em caso de suspeita ou histórico de câncer.  A escolha no caso da vacina está sendo 3”, explica a especialista.

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Ela ressalta ainda que não é preciso ficar preocupada com o episódio e seguir com a rotina de exames.

“Se você foi surpreendida com esse linfonodo após um exame de rotina ou percebeu inchaço, procure seu ginecologista. Ele irá te passar todos os procedimentos necessários, mas na maioria dos casos, quem não tem histórico de câncer, pode ficar despreocupada. O indicado é se vacinar após fazer os exames para evitar sustos e preocupações desnecessárias”, finaliza a médica. 

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