Sentir muita dor por conta de cólica e desconforto pélvico durante a menstruação não é normal e quadro pode indicar doença
Dor intensa, disfunção intestinal e sangramento intenso podem ser indicativos de endometriose. Médico ginecologista explica os principais sintomas desta doença que atinge mais de 180 milhões de mulheres em todo o mundo
A menstruação é um processo natural que acontece com todas as mulheres saudáveis do planeta. O sangramento mensal, que se inicia desde o começo da adolescência – com a menarca – e dura até fim da fase adulta – a chamada menopausa -, mesmo que traga consigo alguns desconfortos, não pode e nem deve atrapalhar a vida da mulher.
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A dor intensa, por exemplo, não é um sintoma menstrual, e apesar das cólicas serem temidas justamente por causarem este incômodo na região pélvica e abdominal, “quando elas se apresentam de forma insuportável, pode ser um sinal de alerta de que algo não vai bem”, alerta o médico ginecologista especialista em mioma, especialista em Ginecologia Minimamente Invasiva e em cirurgia robótica, Dr. Alexandre Silva e Silva.
Ele revela que a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina pode ser uma das principais causas de todos esses sintomas. “Por responder aos mesmos estímulos hormonais que o endométrio tópico, ele se prolifera estimulado pelo estrogênio no início do ciclo e sangra ao ser impulsionado pela progesterona na segunda fase. Esse sangramento irrita a membrana que reveste a cavidade abdominal e pélvica, causando inflamação, dor e formação de aderências pélvicas. Esta enfermidade é chamada de endometriose, um nome comum para muitas mulheres”, detalha.
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Além desse desconforto, a condição, que atinge mais de 180 milhões de mulheres em todo o mundo, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), também se caracteriza, “em algumas situações por alterações intestinais, como sangramento nas fezes no período menstrual ou dores ao evacuar durante o período menstrual, presença de sangue na urina ou mal-estar ao urinar relacionadas ao período menstrual, incômodo durante as relações sexuais, principalmente na profundidade e, assim, está sempre relacionada à stress e perda da qualidade de vida”, destaca o médico.
Por outro lado, há uma boa notícia: “Com avanços da medicina e da tecnologia, hoje a endometriose é uma doença tratável através de procedimentos minimamente invasivos e com equipes multidisciplinares dando mais segurança e conforto à mulher”, completa, Dr. Alexandre.
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