Por que não usar bucha durante o banho na pele com dermatite? Especialista explica
Dermatologista fala sobre como lidar com os tipos da doença em tempos de baixa umidade do ar
Dermatologista fala sobre como lidar com os tipos da doença em tempos de baixa umidade do ar
Doença de pele comum na população em geral, as dermatites aparecem na infância e são responsáveis por uma grande frequência de visitas ao dermatologista.
“As dermatites se dividem em vários tipos, necessitando de diagnóstico por médico especialista e experiente”, pontua a médica especialista em dermatologia clínica e estética, Dra. Mirelle Ferreira.
Dentre os subtipos da doença estão a atópica, a de contato, a alérgica, irritativa, por compostos, plantas, eczemas, entre outros. Cada uma possui suas peculiaridades, por isso, dependendo de cada tipo, somente com diagnóstico é possível estabelecer um prognóstico e um tratamento correto.
Cerca de 30% da população já sofreu com alguma dermatite e 22% não tem um diagnóstico. O aparecimento das lesões na pele é favorecido no inverno e nos meses frios, em que a pele fica mais seca por conta da baixa umidade do ar.
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“O ideal nessa temporada é primeiramente se hidratar bem, tomando dois litros de água por dia, no mínimo”, sugere a dermatologista. Hidratantes também devem ser aplicados quatro vezes ao dia, ou até mais, dependendo da necessidade. A escolha do creme também irá depender da sua dermatite.
Além disso, banhos rápidos, mornos e sem bucha são indicados, já que a alta temperatura, o prolongamento da exposição e a abrasão causada pela bucha de banho são fatores prejudiciais a estes pacientes.
“Dependendo do nível da dermatite, indicamos também alguns cuidados extras, como ficar longe de perfumes, essências, roupas sintéticas, alimentos processados, e até o leite, pois eles podem piorar a sua dermatite”, segundo a Dra. Mirelle.
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Dermatite crônica
Uma alternativa são os probióticos, que tem ação amplamente antiinflamatória e vem ajudando nas doenças mais graves. Alguns tipos de dermatites são crônicas e exigem seguimento prolongado e, apesar de serem minoria, esses pacientes precisarão de um seguimento mais acirrado.
Para estes casos existe acompanhamento, fototerapia e até medicações imunossupressoras, em que cada situação será cuidadosamente avaliada, junto com o seu médico que sempre medirá os riscos, visando uma melhor qualidade de vida às pessoas que sofrem quadros graves da doença.