Publicidade

Microplásticos são encontrados em pulmões de pacientes no Reino Unido

”Primeiro estudo robusto a mostrar microplásticos em pulmões de pessoas vivas”: cientistas analisam impactos dessas partículas na saúde humana

Microplásticos no organismo humano – Pexels/Magda Ehlers

Um estudo da Escola de Medicina Hull York, no Reino Unido, mostrou um resultado preocupante: a presença de microplásticos nos pulmões de pacientes. Os cientistas identificaram 12 tipos de microplásticos, em que o mais frequente foi o polipropileno. Essa foi a primeira vez que um estudo identificou essas partículas em pessoas vivas. “Microplásticos já foram encontrados em amostras de autópsia de cadáveres humanos — este é o primeiro estudo robusto a mostrar microplásticos em pulmões de pessoas vivas, disse em comunicado a principal autora do artigo, Laura Sadofsky.

Publicidade

MICROPLÁSTICOS NO ORGANISMO HUMANO: QUAIS SÃO OS DANOS À SAÚDE?

A comunidade científica se preocupa com a presença dessas partículas no organismo humano, pois podem causar risco à saúde. Em células humanas de laboratórios, os microplásticos foram capazes de provocar danos. No entanto, ainda não se sabe ao certo como isso afeta a saúde humana“A caracterização de tipos e níveis de microplásticos que encontramos agora pode informar condições realistas para experimentos de exposição em laboratório com o objetivo de determinar os impactos na saúde”, disse Sadofsky.

+++ Ar poluído é respirado por 99% da população mundial, diz OMS

+++ Poluição do ar aumenta risco de desenvolvimento de doenças autoimunes, conforme estudo

Publicado na revista científica Science of The Total Environment, o estudo foi realizado com amostras do tecido do pulmão coletadas durante cirurgias. De 13 pacientes analisados, os microplásticos foram encontrados em 11. O polipropileno, por exemplo, é utilizado em garrafas PET

Publicidade

Não esperávamos encontrar o maior número de partículas nas regiões inferiores dos pulmões, ou partículas dos tamanhos que encontramos. Isso é surpreendente, pois as vias aéreas são menores nas partes inferiores dos pulmões, e esperávamos que partículas desses tamanhos fossem filtradas ou presas antes de chegar tão fundo nos pulmões, explicou Sadofsky.