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Entenda o que é a cardiomioptia hipertrófica, doença do ator Rafael Cardoso

Médico responsável pela cirurgia do artista esclarece dúvidas sobre a condição

Rafael Cardoso passa por cirurgia para implante de um cardioversor-desfibrilador implantável – Instagram/ @rafaelcardoso9

Nesta semana, o ator Rafael Cardoso deixou muitos fãs preocupados ao passar por uma cirurgia por conta de um problema de saúde com o qual ele convive há algum tempo: a miocardiopatia hipertrófica congênita.

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Nas redes sociais, o assunto ganhou grandes propoções e o artista surgiu em seu Instagram nesta quinta-feira, 3, para explicar o que, exatamente, ele precisou fazer.

A mensagem foi a seguinte: “Amigos, passei hoje por uma cirurgia para implantar um desfibrilador cardíaco. Tenho uma miocardiopatia hipertrófica congênita, com a qual convivi até agora sem problemas. No último mês descobri que essa condição levou a uma fibrose no músculo cardíaco que me põe no grupo de risco de morte súbita. É isso que o desfibrilador evita. Agradeço ao Dr. Fabrício Braga, que me diagnosticou, e ao cirurgião Dr. Eduardo Saad e equipe, que hoje implantaram o desfibrilador, e à equipe do Hospital Copa Star pelo cuidado e carinho. A cirurgia foi rápida, estou me sentindo muito bem e amanhã mesmo já volto para casa”.

Mas, afinal, o que é a miocardiopatia hipertrófica congênita e como o implante de CDI ajuda o paciente?

Segundo Eduardo Saad, médico responsável pela cirurgia e também membro da diretoria da atual gestão da SOBRAC, a cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética, que faz com que o músculo cardíaco fique hipertrofiado, elevando as chances de desenvolver fibrose em alguma parte do coração. “Isso faz com que algumas pessoas tenham maior risco de morrer subitamente devido a arritmia ventricular”, explica o médico.

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A doença, que acomete cerca de 1 em cada 500 pessoas, requer acompanhamento médico para avaliar o risco que essa hipertrofia pode propiciar, como aconteceu com o ator Rafael Cardoso. “A prevenção nestes casos é feita com o implante de um CDI. Este dispositivo é um tipo de marca-passo colocado no coração que, caso ocorra uma arritmia maligna com risco de morte súbita, ele dá um choque direto no coração do paciente revertendo automaticamente o que seria uma parada cardíaca”, acrescenta o especialista.

A morte súbita ocorre de forma inesperada e é causada pela perda da função do músculo cardíaco.

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