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Doença mão-pé-boca: entenda o que é essa síndrome que afeta crianças

Especialista tira dúvidas sobre a doença mão-pé-boca, que costuma afetar crianças menores de cinco anos

Explicações sobre a doença mão-pé-boca – Pexels/cottonbro

Transmitido através de alimentos ou objetos contaminados, o vírus conhecido como Mão, Pé e Boca é uma doença contagiosa que ocorre frequentemente em crianças de até cinco anos. Para entender melhor sobre a doença, a pediatra neonatologista, Dra. Vanessa Mouawad, explica quais são seus principais sintomas, como tratar e como se prevenir desse surto que está acometendo muitas crianças.    

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O QUE É A SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA?

Essa doença tem como agentes mais frequentes o coxsackievirus A16 e o enterovírus 71, acometendo, principalmente, as crianças menores de cinco anos.

COMO A DOENÇA É TRANSMITIDA?

A doença é altamente contagiosa através da saliva, contato com fezes contaminadas e objetos ou pessoas contaminados com o vírus. A primeira semana depois do início dos sintomas é considerada o período de maior transmissibilidade.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA?

Geralmente, a doença se inicia com febre e, após 1-2 dias, aparecem aftas na boca, pontos avermelhados pelo corpo que evoluem para bolhas, principalmente nas mãos e pés, podendo aparecer em outros locais também. A criança também tem dor de garganta, mal-estar, fica prostrada e pode apresentar coceira no corpo

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As lesões desaparecem, em média, após uma semana, e podem ocorrer complicações, apesar de mais raras, como: meningite asséptica, encefalite, síndrome semelhante à poliomielite e Síndrome de Guillain- Barré. Outro ponto é a desidratação, uma das complicações mais frequentes e ocorre por conta da baixa ingestão de líquidos, devido à dor.

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COMO É FEITO O TRATAMENTO?

Após o diagnóstico clínico, em que podem ser feitos sorologia e PCR para identificação do vírus, o tratamento é feito com sintomáticos, como anti-inflamatórios. Além disso, mesmo com dor, a boca da criança deve ser bem higienizada com uma escova de dente macia para que não aconteça uma infecção secundária.

Alguns antivirais têm sido usados off-label para tratar casos graves, e a maioria se recupera em 1-2 semanas sem nenhuma sequela.

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Assim que a criança apresentar qualquer sintoma, é importante que ela não frequente a escola ou encontre outras crianças. Infelizmente, ainda não existe vacina contra essa doença, então é importante tomar cuidados preventivos, como lavar bem as mãos e higienizá-las com álcool em gel.

Um detalhe importante a ser lembrado para não assustar os pais é que pode haver descolamento indolor da unha após 3-8 semanas da ocorrência da síndrome.
 

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