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Associação Médica Brasileira critica ações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. ”Causa-nos indignação e temor”

A Associação Médica Brasileira (AMB) destacou pontos sobre a conduta de Marcelo Queiroga durante o combate à pandemia

Associação Médica Brasileira critica ações do ministro da Saúde – Freepik/jannoon028

Neste domingo, 23, a Associação Médica Brasileira (AMB) lançou uma nota sobre ações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no combate à pandemia de Covid-19, que vão contra o Código de Ética da Medicina e, também, à Constituição

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Diversas condutas de Queiroga ao decorrer do surto da doença foram criticadas na nota pela associação, como sua posição contrária ao uso obrigatório de máscaras, em agosto de 2021. “No fim daquele mês, tínhamos média móvel notificada de 671 mortes diárias por Covid e o total se aproximava de 580 mil óbitos, destacou a AMB. 

O atraso na decisão de incluir crianças de 5 a 11 anos na campanha de vacinação também foi algo mencionado, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do imunizante da Pfizer, especialmente fabricado para esse grupo, em dezembro de 2021 e a vacinação só teve início na metade de janeiro de 2022. 

Nesse processo, foram destacadas barreiras como cogitar prescrição médica obrigatória para vacinação de crianças e até mesmo a consulta pública, considerada desnecessária pela associação, com o intuito de “atrasar o processo de vacinação”

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Além disso, recentemente, tratamentos medicamentosos sem eficácia foram, mais uma vez, defendidos pelo governo. Na contramão da contraindicação do “kit Covid” da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), o Ministério da Saúde lançou uma nota, na última sexta-feira, 21, indicando que a hidroxicloroquina possui efetividade em estudos controlados

A desqualificação das recomendações da Conitec, por parte do Ministério, foi chamada de “irresponsável” pela associação. “De gravidade extrema, a nota ainda classifica as vacinas contra Covid como medidas sem comprovação de efetividade e não-seguras, contrariando todas as evidências científicas”

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A AMB lembra a responsabilidade de membros de governos e de médicos com a saúde da população. O Código de Ética da Medicina é mencionado justamente por Marcelo Queiroga ser médico. 

“Causa-nos indignação e temor à omissão, às idas e vindas do ministro, assim como posições que contradizem as boas evidências científicas, expondo a saúde e a vida dos brasileiros”, completa a AMB.

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