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25 de junho: Dia Mundial do Vitiligo visa conscientizar e minimizar o preconceito sobre a doença

Dr. Amilton Macedo, dermatologista com mais de 28 anos em medicina preventiva, tira dúvidas sobre a doença que afeta muito, também, a parte emocional dos portadores

Dia Mundial do Vitiligo: o que você precisa saber sobre a doença? – Freepik/ cookie_studio

O Dia Mundial do Vitiligo (25 de junho), visa conscientizar e minimizar o preconceito sobre essa doença genética, não contagiosa, que afeta 1% da população mundial e 0,5% da brasileira. Foi escolhido o dia 25 de junho em alusão à morte de Michael Jackson, que sofria de vitiligo e lúpus.

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O vitiligo é uma doença não contagiosa que se caracteriza pela perda da coloração da pele, formando-se frequentemente manchas brancas por todo o corpo. “A perda da coloração da pele ocorre em virtude da destruição dos melanócitos, que são as células que formam a melanina, o pigmento que dá cor à pele. O tamanho das manchas é variável”, explica Dr. Amilton Macedo, dermatologista com mais de 28 anos na área de medicina preventiva.

Segundo o especialista, o vitiligo não provoca dor física, os principais sintomas são manchas brancas pelo corpo e transtornos emocionais e psicológicos, como baixa autoestima, pouca qualidade de vida e retração social. “O que mais nos preocupa em relação a essa doença não são os efeitos físicos, mas sim os psicológicos provocados pelo preconceito. Por isso recomendamos um acompanhamento médico e psicológico para não deixar as manchas virarem o centro da vida do paciente, prevenir novas lesões e melhorar a condição da pele e das manchas já existentes”, explica o dermatologista.

As manchas podem surgir por vários fatores, desde o componente genético à exposição solar ou química, queimaduras, alterações autoimunes, condições emocionais de estresse e traumas psicológicos. “As razões pelas quais o vitiligo se alastra variam de individuo para individuo, mas existe uma grande relação com fator emocional. Na pandemia, por exemplo, em que os pacientes estão mais instáveis e ansiosos, notamos que as manchas aumentam conforme ficam mais preocupados, estressados ou tristes”, pontua Dr. Amilton.

O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas hipopigmentadas têm, geralmente, localização e distribuição características. “Para diagnosticar o vitiligo levamos em consideração o histórico familiar, pois cerca de 30% dos pacientes têm algum parente com a doença. Além disso, fazemos uma biópsia cutânea que revela a ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão, e o exame com lâmpada de Wood para ajudar na detecção da doença em pacientes de pele muito clara. Também recomendamos análises sanguíneas com estudo imunológico que poderão revelar a presença de outras doenças autoimunes como hepatite autoimune e doença de Addison ou doenças da tireoide”.

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Aos primeiros sinais de descoloração da pele deve-se consultar um dermatologista, pois quanto mais cedo se começar o tratamento, maior é a hipótese de se evitar a propagação das manchas. “O vitiligo possui diversas opções terapêuticas, que variam conforme o quadro clínico de cada paciente. O tratamento visa cessar o aumento das lesões, estabilizando o quadro, e também a repigmentação da pele, com medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas. A fototerapia com radiação ultravioleta B (UVB-nb) e com ultravioleta A (PUVA) também são utilizadas no tratamento, assim como tecnologias como o laser, bem como técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos”, explica o dermatologista.


Confira uma live bem explicativa sobre o assunto que o Dr. Amilton Macedo participou com o portal Bons Fluidos: