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Cuidados com saúde oral e escovas dentais também são importantes durante pandemia do Coronavírus

Manter a escova e a boca livre de microrganismos nocivos ajuda a prevenir contágio por vírus e problemas como a inflamação das gengivas, que pode favorecer o agravamento de doenças cardiovasculares, diabetes e outras condições sistêmicas graves.

Médico odontologista alertou para os cuidados com a saúde oral durante a pandemia – Pexels

São Paulo – As campanhas de vacinação contra a COVID-19 estão a todo vapor em diversos países do mundo. No entanto, no Brasil, os números de casos confirmados e mortes causadas pela doença não param de aumentar. Por isso, enquanto alguns países, como os Estados Unidos, já não exigem o uso de máscaras em locais abertos, em território brasileiro devemos manter os cuidados de prevenção de contágio, como higienizar as mãos, usar máscaras e permanecer em isolamento social. Mas, além disso, é importante também investir em medidas extras, como cuidar da saúde oral, especialmente da gengiva, visto que doenças periodontais podem favorecer o agravamento de doenças sistêmicas graves que, por sua vez, podem piorar os quadros de COVID-19.

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Isso porque gengivas inflamadas e problemas periodontais podem provocar a liberação de mediadores inflamatórios na corrente sanguínea, causando uma série de danos. Por exemplo, podem se alojar em lesões pré-existentes nas artérias do corpo e acelerar a formação de placas que colocam em risco a saúde cardiovascular”, explica o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP. “A doença gengival também possui influência negativa sobre o controle glicêmico, contribuindo assim para a dificuldade no controle da glicemia e, consequentemente, para a diabetes”.

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Para além disso, a boca também é um ambiente favorável para o desenvolvimento e proliferação de microrganismos. “Devemos lembrar que a saliva, apesar de proporcionar diversos benefícios para a saúde bucal, como umedecer e proteger a mucosa oral e prevenir doenças dentais, abriga milhões de microrganismos, sendo assim um meio de transmissão de vírus e bactérias”, ressalta o especialista.  Ou seja, nesse período de pandemia é importante ter uma rotina de cuidados orais não apenas para prevenir as doenças periodontais, que podem piorar a situação de quem já faz parte dos grupos de risco, mas também para manter a boca livre de patógenos infecciosos, ajudando assim a prevenir o aparecimento de novas doenças.

É extremamente importante, por exemplo, que você escove os dentes duas vezes ao dia de uma forma minuciosa. Porém, é fundamental não utilizar uma escova com cerdas duras, pois elas podem desgastar o esmalte de seus dentes e provocar retração gengival e consequentemente sensibilidade dental. O ideal é que você aposte em uma escova com cerdas ultramacias, como a Escova CS 5460 Ultra Soft da Curaprox. “Além disso, uma grande quantidade de cerdas também é recomendada, pois, quanto maior a quantidade de cerdas, maior é a eficácia da escovação e menor é o acúmulo de placa bacteriana no dente”, alerta o cirurgião-dentista. Além da escovação, é fundamental, é claro, fazer uso diário de fio dental. Mas lembre-se que o produto não é capaz de higienizar com eficácia toda a região que fica entre os dentes. Por isso é importante utilizar também uma escova interdental, como a CPS Prime, da Curaprox.

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“Essa escova especial é responsável pela desorganização da placa bacteriana ou biofilme oral que se localiza na região entre os dentes, possuindo maior efetividade que o fio dental, pois muitos dentes, especialmente os posteriores, possuem uma depressão nesta área que apenas a escova interdental é capaz de atingir e higienizar adequadamente”, destaca o Dr. Hugo. Além dos dentes, a língua também deve ser higienizada, pois é nesse local onde a maioria das bactérias fica acumulada. Para isso, aposte em produtos como a TUNG Brush e o TUNG Gel, da EHM, que previnem e controlam o mau hálito graças a um efeito sinérgico em que a ação mecânica das cerdas da escova somada às substâncias ativas do gel inibe a formação de gases de odor desagradável.

Porém, o Dr. Hugo Lewgoy ressalta que apenas a higienização da boca não é o suficiente. Você também pode colocar sua saúde em risco caso não cuide adequadamente de sua escova dental. “Poucas pessoas sabem, mas a escova dental necessita de cuidados específicos para impedir a contaminação e proliferação de microrganismos. Por isso, deve ser limpa, guardada em local apropriado, trocada periodicamente, e jamais compartilhada com outras pessoas, mesmo que sejam integrantes da mesma família”, alerta.

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Nesse sentido, o primeiro cuidado que se deve ser tomado é com a escolha da escova, que precisa ser lisa, sem irregularidades e produzida com materiais não porosos. Além disso, deve ser desenvolvida com uma tecnologia que elimine os espaços existentes entre os tufos das cerdas, contendo, preferencialmente, mais de 5 mil cerdas para impedir o acúmulo de sujeira e restos de alimentos. “Após o uso, todas as superfícies da escova devem ser lavadas, de preferência, com água corrente aquecida. O excesso de água deve ser retirado com uma pequena batida sobre a palma da mão ou na borda da pia do banheiro”, recomenda o especialista.

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Em seguida, é recomendado desinfetar a escova através do gotejamento de antisséptico oral, que deve ser, preferencialmente, à base de clorexidina, um agente antisséptico de amplo espectro de ação contra microrganismos patogênicos. Uma excelente opção nesse sentido são os produtos da linha PerioPlus+, da Curaprox, que, além da clorexidina, ainda contam com CITROX®, um agente antimicrobiano com efeito bactericida, antifúngico e antiviral, sendo assim eficaz contra uma ampla gama de microrganismos. “Por fim, coloque o protetor de acrílico na cabeça da escova, que também deve ter a sua parte interna embebida pela solução antisséptica”, completa.

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Já na hora de guardar a escova, o ideal é mantê-la em um armário fechado do banheiro, que deve ter boa ventilação e espaço suficiente para deixá-la separada das demais. O especialista ainda observa que antes de utilizar a escova novamente, ela deve ser muito bem lavada e enxaguada para a remoção dos resíduos do desinfetante e de qualquer microrganismo. “Além disso, vale lembrar que, mesmo que a escova seja devidamente higienizada e armazenada, em hipótese alguma ela deve ser compartilhada com outras pessoas”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy. E, claro, não se esqueça de substituir a escova após dois a três meses de uso, pois, mesmo com a higienização e armazenamento correto, a durabilidade das cerdas não aumenta. “Com o tempo, as cerdas ficam desgastadas.  Quando isso acontece, elas se tornam menos eficazes na limpeza dos dentes e na desorganização da placa bacteriana.  Logo, não pense duas vezes em trocá-la quando chegar a hora”, finaliza.


HUGO ROBERTO LEWGOY – Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) e do Mestrado Profissional em Biomateriais em Odontologia da Universidade Anhanguera (UNIAN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss

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