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Variantes mais resistentes de covid-19 podem surgir nos próximos meses

Pesquisadores brasileiros explicam como mutações do vírus podem desencadear variantes mais graves

Variantes mais resistentes de covid-19 podem surgir nos próximos meses
Variantes mais resistentes de covid-19 podem surgir – Freepik/tawatchai07

“Sem data de término”: assim destacam cientistas em relação à pandemia de covid-19, no estudo publicado na revista científica Viruses. Apesar do Brasil, por exemplo, ter decretado o fim do estado de emergência da doença, pesquisadores alertam para o surgimento de possíveis variantes mais resistentes à imunidade humana. Aliás, a previsão é de que esse cenário pode acontecer já nos próximos meses.

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SURGIMENTO DE VARIANTES ESTÁ CADA VEZ MAIS FREQUENTE

Enquanto a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ter 70% da população mundial vacinada até junho deste ano fica cada vez mais distante, os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP) destacam que o surgimento de novas variantes de covid-19 estão cada vez mais frequentes, em que as mutações estão se mostrando mais favoráveis às cepas.

“Mutações na proteína de superfície Spike do vírus são observadas regularmente nas novas variantes, potencializando o surgimento de novos vírus com tropismo diferente dos atuais, o que pode alterar a gravidade e os sintomas da doença, escreveram os cientistas, no artigo. Com isso, o estudo destaca que a questão mais importante é a interação do vírus evoluído com o sistema imunológico.

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ESTUDO DEFENDE AÇÕES COMPLEMENTARES PARA EVITAR CENÁRIO DE VARIANTES MAIS GRAVES

As máscaras já deixaram de ser obrigatórias no território brasileiro, mas esse recurso continua sendo defendido pelos pesquisadores do estudo como um dos meios de barrar o surgimento de possíveis variantes mais graves. “É importante ressaltar que além do envolvimento do sistema imunológico na evolução do vírus, destacamos vários parâmetros químicos que influenciam as interações moleculares entre vírus e células hospedeiras durante a invasão e também são ferramentas críticas para tornar as novas variantes mais transmissíveis”, dizem, no estudo.