África do Sul, Egito, Quênia, Nigéria, Senegal e Tunísia: esses são os países africanos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que irão receber tecnologia para a produção de vacinas de mRNA, a mesma utilizada pela Pfizer e Moderna. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 18, em uma cúpula entre a União Europeia e a União Africana.
A transferência da tecnologia tem como objetivo ajudar nações de baixa e média renda a produzirem suas próprias vacinas. O projeto foi desenvolvido em abril de 2021 para garantir que esses países tenham acesso a uma fabricação de imunizantes que sigam os padrões internacionais.
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O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou como “limitante e perigosa” a dependência de empresas para o fornecimento de recursos públicos em escala global, e a pandemia da covid-19 deixou bem claro os riscos de um cenário como este.
“A médio e longo prazo, a melhor maneira de lidar com emergências de saúde e alcançar a cobertura universal de saúde é aumentar significativamente a capacidade de todas as regiões de fabricar os produtos de saúde de que precisam, com acesso equitativo como seu objetivo primário“, disse Tedros.
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PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL COMEMORA AÇÃO: “PERMITIRÁ FAZER NOSSAS PRÓPRIAS VACINAS”
A África vem sofrendo com a distribuição desigual de vacinas ao redor do mundo. A ação da OMS foi motivo de comemoração e abre caminhos para mais acessibilidade aos imunizantes contra covid-19. “Esta é uma iniciativa que nos permitirá fazer nossas próprias vacinas e que, para nós, é muito importante. Significa respeito mútuo, reconhecimento mútuo do que todos podemos trazer para a festa, investimento em nossas economias, investimento em infraestrutura e, de muitas maneiras, retribuir ao continente”, disse Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.