A Ômicron já é a cepa dominante no Brasil, e o seu avanço foi tão rápido que, em pouco tempo, o número de infecções explodiram novamente. Dos sequenciamentos genômicos realizados em janeiro, cerca de 95% eram relacionados a variante, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Conforme o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel diária de contaminações é de 69 mil, enquanto a de óbitos é de 763.
Embora muitos diagnósticos resultam positivo para a Covid-19, o Ministério da Saúde fez um alerta de que o Brasil ainda não chegou no pico da Ômicron, o que significa que ainda pode haver um crescimento de casos – lembrando, também, que o país já tem registro da versão mais transmissível da cepa, a BA.2. “Analisando a última semana epidemiológica do país, tivemos aumento de casos causado pela Covid-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua”, escreveu em seu Twitter o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Depois de uma semana de muito trabalho, estou com a equipe do @minsaude analisando a última semana epidemiológico do País. Tivemos aumento de casos causado pela COVID-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua. pic.twitter.com/w4VENxLWxK
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) February 5, 2022
O ministro relembrou, ainda, sobre a vacinação: “Se você ainda não tomou a segunda dose e a dose de reforço, não esqueça de completar seu esquema vacinal”. No estado de São Paulo, por exemplo, 2,2 milhões de pessoas ainda não receberam a segunda dose, conforme a Secretaria Estadual de Saúde. Ainda, 10 milhões já estão aptos para a dose de reforço.
MINISTÉRIO DA SAÚDE MONITORA A PRESSÃO NO SISTEMA DE SAÚDE
Outro ponto destacado pelo ministro é a taxa de ocupação de leitos, que, em muitos estados brasileiros, já ultrapassam 80%. “Monitoramos a pressão sobre o sistema de saúde, em especial a ocupação de leitos de UTI. Há espaço para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”.
Embora tenha afirmado que o pico da variante Ômicron não se instaurou no Brasil, ainda, o ministério espera uma tendência de queda. “Alguns Estados já apresentam redução de casos e esperamos que nas próximas semanas essa queda se mantenha em todo o país”.