Ícone do site

Cuidado na pandemia: uso exagerado do celular pode causar manchas, acne, alergia e rugas no pescoço

Published 23/04/2021

Cuidado na pandemia: uso exagerado do celular pode causar manchas, acne, alergia e rugas no pescoço - Pixabay

Já parou para pensar quanto tempo do dia você passa olhando para o celular?

Estamos cada vez mais conectados a dispositivos móveis e, com o isolamento, até nossos momentos de lazer estão no celular – seja falando com amigos, vendo uma receita nova na internet ou buscando outra distração. Muitas pessoas passam quase 2/3 do dia olhando o celular.

Mas é bom que você saiba que o uso de dispositivos móveis está ligado a alterações na pele, acelerando até mesmo o processo de envelhecimento em uma região difícil de tratar com cremes: o pescoço. De acordo com o estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, sobre nova técnica para combater rugas no pescoço, mulheres a partir dos 29 anos já apresentam vincos nessa região, enquanto o natural seria depois dos 40.

“Recentemente, o número de pacientes com rugas do pescoço vem aumentando. Além disso, um número crescente de pacientes jovens apresentou essa condição. Isso pode ter relação com o efeito da postura que eles adotam ao olhar para baixo quando usam smartphone ou outros dispositivos”, afirma a Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética. Abaixo, a médica explica quatro problemas de pele relacionados ao uso excessivo do celular:

Envelhecimento precoce da pele do pescoço

O hábito contínuo de inclinar a cabeça para baixo para visualizar o celular está entre os principais responsáveis pela formação de rugas no pescoço, que recebem o nome de Rugas Tech Neck. “A pele do pescoço é muito fina, praticamente sem glândulas sebáceas, com espessura próxima a dois milímetros, pouco hidratada e onde há grande movimentação natural pela própria dinâmica da região. Logo, a inclinação frequente da cabeça para baixo a fim de olhar o celular, tablet ou outro dispositivo, favorece o surgimento precoce dos sinais de envelhecimento e a formação de sulcos na região”, destaca a Dra. Roberta Padovan. 

“Variação de peso é um fator de aumento da flacidez da pele do pescoço que pode piorar ainda mais a condição do tech neck. Há ainda uma discussão na área da ortopedia onde há alteração de vértebras em virtude da postura. Alongamento e fortalecimento da musculatura da posterior cervical são muito importantes”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

Segundo a Dra. Roberta, para evitar o aparecimento das rugas Tech Neck uma dica importante é, mesmo quando mexer nos dispositivos, manter a cabeça em um ângulo reto e a postura alinhada, com o celular erguido na direção dos olhos. Já com relação aos cuidados diários na região do pescoço, a especialista indica o uso de sabonetes neutros ou loções de limpeza à base de ativos calmantes. “Em seguida, deve-se usar loções tônicas que vão preparar a pele para receber um sérum tensor que pode conter ácido hialurônico de baixo peso molecular, antioxidantes e vitaminas”, completa.

No Brasil, a Biotec Dermocosméticos – responsável por distribuir matéria-prima dermo e nutricosmética para farmácias de manipulação – conta com uma solução oral e em creme para o tratamento da Tech Neck, com função de estimular o colágeno da região e melhorar o aspecto dessas rugas. “Enquanto a suplementação traz três poderosos ativos (Exsynutriment, Glycoxil e Incell) para atuar na síntese de colágeno e proteção da pele por via oral, o creme diminui a degradação de colágeno e tem ação preenchedora, por conta do ativo SWT-7”, explica Maria Eugenia Ayres, farmacêutica e gestora técnica da Biotec Dermocosméticos.

Para finalizar, o protetor solar com FPS 30, no mínimo, é indispensável, devendo ser reaplicado a cada quatro horas. No caso dos tratamentos, a toxina botulínica e os lasers figuram entre os procedimentos mais utilizados hoje para tratar as linhas de expressão que formam os colares horizontais, segundo a médica. Outra novidade, principalmente para casos mais avançados é o Surgical Derm, um plasma endodérmico de baixa temperatura e que combate rugas, perda de colágeno e flacidez da pele, além de melhorar a textura da pele. “À medida que envelhecemos, a camada dérmica de nossa pele se afina, produzimos menos colágeno e perdemos elasticidade. Todos esses fatores produzem flacidez e enrugamento da pele. O plasma converte energia elétrica em estado gasoso e transmite esse gás energizado de uma forma sem contato para a superfície da pele. O primeiro resultado é a contração imediata do tecido”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Isso causa um microtrauma na camada epidérmica da pele (camadas superiores), enquanto simultaneamente aquece e perturba a estrutura dérmica mais profunda por meio de condução térmica. Este tratamento também ativa os fibroblastos, células mais comuns do tecido conjuntivo do corpo que produzem colágeno. Há, então um grande estímulo para remodelação das fibras de colágeno, o que rejuvenesce a pele”, acrescenta.

Acne

Os aparelhos concentram um alto número de bactérias e sujidades que são carregadas até o rosto, principalmente no contato direto com o celular ou se a pessoa tem o costume de passar a mão na face, e isso acaba auxiliando na formação de espinhas. “Para evitar o aparecimento ou agravamento do quadro acneico, é importante que você realize regularmente a limpeza de seu dispositivo com produtos específicos. Além disso, deve-se evitar passar a mão no rosto várias vezes ao dia, ainda mais se você tem a péssima mania de espremer espinhas”, recomenda a Dra. Roberta. A médica ainda alerta sobre a importância de se consultar sempre um especialista, pois a acne é um problema multifatorial e somente um médico especialista pode indicar o melhor tratamento para o problema. Mas no tratamento da acne é importante lembrar que a pele precisa, sim, ser hidratada com produtos de toque seco, como o Depore Mat, da Ada Tina Italy. O produto hidrata, controla oleosidade, reduz poros e atua no tratamento da acne.

Manchas

A luz azul emitida pelo celular também é prejudicial a nossa saúde, pois pode favorecer o surgimento de manchas escuras e desencadear ou piorar certas doenças de pele. “Isso acontece porque a luz visível estimula a pigmentação, sendo um fator importante de piora do melasma. Além disso, essa radiação também causa inflamações, danos nos tecidos e age diretamente no DNA das células, pois, ao interagir com a melanina, pigmento que dá cor à pele, ela gera uma forma de oxigênio altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular”, explica a médica Dra. Roberta.

Para tratar e prevenir o problema, a Dra. Roberta recomenda o uso diário de cremes antioxidantes e fotoprotetores. “No caso do melasma, tratamentos como o microagulhamento, a radiofrequência e o peeling de cristal têm bons resultados. Mas, como o melasma tem uma característica hereditária, o uso de medicação tópica e oral é essencial”, diz a Dra. Roberta. No tratamento das manchas, um dos destaques é tecnologia do laser Vektra QS, que emite uma alta fluência com uma duração de pulso muito curta. “Ou seja, o dispositivo entrega uma alta energia em curtíssimo espaço de tempo. Como essa duração é menor que o tempo de relaxamento térmico do pigmento melanina, o laser consegue destruir o pigmento em micropartículas, o que facilita a eliminação pelo organismo”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão.

O tratamento é indolor e o número de sessões varia entre três e seis sessões, dependendo da gravidade do quadro. Em casa, produtos como o Be Fresh, da Be Belle, atuam para corrigir as diferenças de tonalidade e clarear visivelmente a pele. O produto possui uma sinergia de ativos em altas concentrações e permeação na pele para reduzir a hiperpigmentação (manchas).

Alergia

Além disso, alguns componentes dos celulares, como o cromo e o níquel, estão relacionados com o aumento do número de alergias na pele. Segundo a Associação Britânica de Dermatologistas, a alergia a níquel afeta 30% da população no Reino Unido e figura entre as dermatites de contato mais comuns. E o pior é que o níquel está em quase todo o celular: desde a bateria de lítio (que traz níquel na composição) até o fio de ligação de cada chip (que é revestido com a substância), passando pelo microfone, eletrônica e revestimentos decorativos. “Neste caso, além de sempre utilizar case e película no dispositivo, é necessário consultar um médico ao perceber qualquer tipo de alteração na pele para que o profissional indique a melhor opção de tratamento para seu caso”, conta a Dra. Roberta Padovan. Para não piorar a alergia, evite o uso de cosméticos com parabenos e óleo mineral. E fique de olho principalmente no protetor solar, produto que mais reaplicamos durante o dia. Escolha fórmulas como o Solar Hidra Active com FPS 30, da Buona Vita, que é livre de ingredientes potencialmente alergênicos e pode ser utilizado até por peles sensíveis.


FONTES:

*DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Professor universitário, Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior.

Instagram: @drabdosalomao

 *DRA. ROBERTA PADOVAN: Médica Pós-graduada em Dermatologia. Graduada em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e especialista em Medicina Estética e Dermatologia pela INCISA. Com participação regular em congressos, jornadas e cursos nacionais e internacionais, a médica é proprietária de duas clínicas, no no Maranhão e em São Paulo, com diversos tratamentos para saúde e beleza da pele. Além disso, atuou como médica residente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

www.robertapadovan.com.br

Instagram: @clinicarobertapadovan

*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

Instagram: @drabeatrizlassance

*MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gestora Técnica da Biotec. CRF 33.424

Instagram: @biotecdermocosmeticos

Sair da versão mobile