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Especialista fala sobre transplante capilar em mulheres – Freepik/freepik

O cabelo é uma referência na autoestima, principalmente nas mulheres, mas essa população pode sofrer a perda dos fios por diversas causas como doenças autoimunes, predisposição genética, hábitos alimentares, alterações hormonais e a covid-19. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 30% das mulheres devem ter problemas relacionados à calvície até os 50 anos de idade.

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Popularmente conhecido pelos homens, o transplante capilar também pode ser realizado em mulheres que apresentam queda de cabelo irreversível ou desejo de reduzir a testa, por exemplo. Segundo o médico tricologista João Gabriel Nunes, membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), a busca pelo tratamento por parte das mulheres tem crescido. “Com a evolução da técnica, agora minimamente invasiva e com resultados naturais, o público feminino vem perdendo o ‘medo’ e passando pelo transplante com mais tranquilidade”, afirma.

QUANTO TEMPO DURA OS FIOS TRANSPLANTADOS?

O transplante capilar F.U.E (Follicular Unit Extraction) consiste na implantação fio a fio na área calva, os quais são retirados das áreas doadoras – nuca e laterais – do próprio paciente. O procedimento acontece em um único dia e os resultados são duradouros. “Demora cerca de três a quatro meses para iniciar o crescimento dos novos fios. O resultado completo é obtido por volta de 12 meses e os fios devem se manter a vida toda”, disse o médico.

A diferença do transplante capilar no público feminino está na linha frontal. De acordo com Nunes, a linha de cabelo que contorna o rosto é fundamental para a estética e, por isso, no caso das mulheres, é utilizada a técnica de visagismo para o gênero definido, quando necessária.

Entre os motivos que levam esse público a recorrer ao procedimento estão a diminuição de testa e a alopecia androgenética. “É possível corrigir os impactos da alopecia androgenética, cobrindo a rarefação do topo da cabeça e disfarçando a transparência que tanto incomoda as mulheres, e também realizar o avanço dos fios na linha frontal e assim reduzir a testa”, contou o tricologista.

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Contraindicações

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João Gabriel explica que não existem muitas contraindicações, mas que há ressalvas em casos de doenças autoimunes, como alopecia areata, condição que afeta Jada Smith, esposa de Will Smith, e de arritmias cardíacas.

A recomendação adequada depende de avaliação médica para uma análise do diagnóstico e da área doadora, que quando comprometida ou atingida de forma universal pode impedir a realização do procedimento, de acordo com o especialista em transplante capilar.

Sobre o Dr. João Gabriel Nunes

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Médico formado pela Universidad Del Valle, em Cochabamba (2010), pós-graduado em dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, com extensão acadêmica na University of Michigan (EUA), e em tricologia e transplante capilar no Instituto e Hospital da Pele em São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira do Cabelo e da Sociedade World F.U.E Institute e proprietário do Centro Médico Capilar.