Old Money: trend de sucesso na moda, conceito invade estética facial com foco total na pele saudável

Na estética, pacientes agora buscam resultado clean, suave e nada chamativo, pois a ideia é melhorar a qualidade da pele

Old Money: trend de sucesso na moda, conceito invade estética facial com foco total na pele saudável
Old Money: trend de sucesso na moda, conceito invade estética facial com foco total na pele saudável – Foto: Freepik

No mundo da moda, um conceito que prioriza peças de alta qualidade, que transmitem um ar de elegância, sofisticação, clean, sustentável e natural, tem chamado a atenção. É o Old Money, uma estética que em tradução literal significa “dinheiro antigo” e tem feito sucesso no TikTok, com trends que acumulam quase meio bilhão de views.

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“Com o sucesso no mundo da Moda, por conta da geração Z, essa estética passou a ser usada também na maquiagem e agora começa a crescer também nos consultórios médicos, principalmente após a pandemia em que as pessoas buscam um maior autocuidado. Os pacientes que buscam tratamentos médicos de beleza priorizam majoritariamente um resultado que seja clean, suave, para melhorar a qualidade da pele, com tratamentos de sustentação e prevenção, mas nada de intervenções exageradas ou que mudem a anatomia. Eles querem esse ar de elegância e sofisticação também no rosto”, destaca a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia.

Nesse sentido, o sucesso do procedimento é percebido quando as pessoas se sentem mais bonitas, são elogiadas, mas ninguém nota que ela fez um procedimento estético.

Old Money invade estética facial com foco total na pele saudável

“Eles não gostam de ficar com ‘cara de quem fez procedimento’. Buscam tratamentos em que a pele responda de maneira fisiológica ao estímulo de colágeno, mas sem que fiquem marcados, ou seja, sem aquele tempo de recuperação (downtime) longo”, acrescenta a médica. Influenciadoras como Bella Hadid e Hailey Bieber são expoentes desse conceito no mundo da beleza.

Apesar de aparecer nas trends do TikTok e de outras redes sociais, o Old Money tem raízes antigas. O termo é originário de locais onde, no lugar de uma classe aristocrática, via-se uma classe social elitizada de famílias que possuíam quase tanta influência e poder quanto os aristocratas.

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“No entanto, hoje não é necessário possuir grandes fortunas, ou vir de uma origem de prestígio para aderir ao Old Money. É uma estética que, na verdade, evita a ostentação e os exageros. E isso se reflete também no cuidado com a pele”, explica a Dra. Cláudia Merlo. “Os pacientes relatam que gostam de sair daqui e ouvir elogios (mais bonita, pele mais iluminada). Mas eles não gostam de ouvir: ‘o que você fez?’”, explica.

Para esse resultado minimalista, são usados tratamentos que oferecem resultados mais fisiológicos.

“Os lasers menos agressivos conseguem melhorar a qualidade da pele, tratando manchas, reduzindo poros e ajudando a estimular colágeno. As tecnologias como o ultrassom são usadas para promover a sustentação, com a formação de mais colágeno e melhora da firmeza. E os injetáveis são muito utilizados, pois geram um bioestímulo natural de colágeno, o que melhora a estruturação da pele, diminuindo a necessidade de exageros nos preenchimentos”, conta a médica.

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Na consulta, as pacientes relatam a busca por uma pele mais iluminada, com menos linhas finas, com mais estruturação e com poucos poros – tudo isso sempre com o foco do minimalismo e resultado clean. “Essas pacientes também fazem preenchimento labial. Mas o resultado deve ser suave, sem mudar a anatomia do lábio. As pessoas não querem parecer que têm o lábio preenchido.”

O crescimento do Old Money está em consonância com uma mudança dos padrões: o exagero no rosto está fora de moda, a harmonização facial é cada vez mais criticada e muitos famosos já divulgaram a realização da reversão de procedimentos, buscando a volta ao que eram antes (mais naturais).

“Os traços devem estar relacionados com a cefalometria, que estuda todas as dimensões das estruturas do crânio e da face dos indivíduos. A necessidade é sempre individual, mas sempre reforçando um cuidado suave e preventivo com a qualidade da pele. A estética facial finalmente abraçou a ideia de que o menos é mais”, finaliza a Dra. Cláudia Merlo.

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