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Pesquisadores destacam importância da qualidade de vida para idosos que moram em casas de repouso

Para aqueles idosos que habitam em Instituições de Longa Permanência, qualidade de vida é essencial. Tudo isso será possível com uma revisão das atividades clínicas já feitas nestes lugares, apontam pesquisadores da Unilogos

Cuidados com os idosos em Instituições de Longa Permanência – Pexels/Matthias Zomer

Pesquisadores da Logos University International, Unilogos, sobre as políticas públicas para pessoas idosas no Brasil, constataram que uma revisão integrativa é essencial para o bem-estar dessa população. Uma equipe multidisciplinar e profissionais especialistas no cuidado ao idoso (enfermeiros ou médicos) podem contribuir para melhorar respostas em saúde dessas pessoas. Para atingir este objetivo, os Indicadores Observáveis da Qualidade do Cuidado se apresentam como um instrumento original e de suma importância para a nova filosofia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de repensar os processos assistenciais através de uma cultura de monitoramento avaliativo.

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Os pesquisadores Márcio de Almeida Alexandre e Nair Santos de Souza acreditam que isso será possível quando essas Instituições de Longa Permanência para Idosos dedicarem suas atividades a promover e estimular o bem-estar daqueles que nelas habitam. Para isso, o melhor caminho é “explorar as dimensões da qualidade de vida subjetiva das pessoas em ambientes diversos e estimular o desenvolvimento de novas pesquisas para consolidar o sentido destas moradias e, a partir dessas investigações, criar e aperfeiçoar novos arranjos espaciais em busca da qualidade de vida.”

O que não é uma tarefa fácil, pois há uma estrutura inteira a ser transformada, revelam os pesquisadores. “É urgente este processo de reformulação de políticas públicas que garantam um sistema de avaliação padronizado dos residentes dessas moradias no Brasil, sendo um desafio fazer com que os instrumentos desenvolvidos consigam se difundir e se efetivar no cotidiano dos profissionais dessas instituições”. Além disso, o perfil do idoso no Brasil tem mudado com o tempo. Agora, para um idoso envelhecer com qualidade de vida, os pesquisadores descrevem que esta pessoa precisa reunir características essenciais como “ser proativo, que saiba definir seus objetivos e lute para alcançá-los, reúna recursos que são úteis na adaptação à mudança e ativamente se envolvam na manutenção do bem-estar num mundo mutante e nem sempre propício.”

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Outra questão que os pesquisadores alertam é que a busca por melhores condições para o idoso já deve ter início a partir do momento em que ele é levado para estas instituições. O levantamento de seu quadro clínico no momento de sua chegada à internação é primordial para que as melhores ações em busca de uma qualidade de vida tenham pleno êxito. “Embora a saúde do idoso tenha sido anteriormente pesquisada, as discrepâncias e as inadequações na coleta de informações no ato de admissão destes, como residentes, contribuem para uma análise enviesada das condições de saúde, o que pode dificultar a adoção de estratégias eficazes no atendimento dessa população. A falta de homogeneidade de informações dificulta a construção de protocolos que ofereçam subsídios concretos na tomada de decisões clínicas a curto e longo prazo.”

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Vale lembrar que os residentes em Instituições de Longa Permanência necessitam de constante monitoramento das condições de saúde, o que é previsto na legislação brasileira. “Sendo assim, entende-se que esses idosos possuem especificidades peculiares que precisam ser consideradas na sua avaliação. Nesse seguimento, instrumentos construídos especificamente para esse público são relevantes para mensurar adequadamente o seu perfil, bem como a realidade vivenciada no contexto institucional”, acrescentam os pesquisadores.

O estudo foi publicado na revista científica Cognitionis e, segundo seus responsáveis, esperam que as propostas apresentadas “possam estimular o desenvolvimento de novas pesquisas para consolidar o sentido destas moradias e, a partir dessas investigações, criar e aperfeiçoar novos arranjos espaciais em busca da qualidade de vida”, completam.
 

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